A deputada estadual Goretti Reis (DEM) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa na manhã de hoje, 4 de novembro, para alertar a população sobre o alto índice de morte por câncer no Brasil e em Sergipe. Atenção especial para o câncer de próstata, já que em novembro acontece a campanha de prevenção e detecção desse tipo de câncer, o “Novembro Azul”. A parlamentar distribuiu laços azuis que caracterizam o movimento.
De acordo com informações do Ministério da Saúde (MS) e do Instituto Nacional de Câncer, INCA a estimativa de incidência dessa doença no Brasil em 2014 é que ainda ocorram 576 novos casos e para 2030 a estimativa é de 27 milhões de pessoas. Desse montante, no Brasil, 70,42% serão de câncer de próstata.
“Esses dados são alarmantes. Em Sergipe, de 2010 a 2012, de acordo com informações do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) morreram 446 homens com câncer de próstata. Em 2013, em Sergipe foram registrados 4.715 internações por neoplasia, dessas 145 malignas. A incidência de câncer no mundo cresceu 20% na última década. Na Região Nordeste nos últimos 3 anos, a taxa de mortalidade em Sergipe ocupou a 4ª colocação no número de óbitos, a cada 100 mil homens. Outro dado considerável e preocupante é que Aracaju se encontra em primeiro lugar entre as capitais do Nordeste com o maior índice de mortes.”, ressaltou a parlamentar lembrando que os pacientes com câncer de próstata são responsáveis pela 6ª causa de ocupação dos leitos sergipanos.
Goretti Reis lembrou que o Novembro Azul começou na Austrália e o Brasil aderiu ao movimento. Com dados alarmantes do INCA e MS a parlamentar frisou a importância de falar sobre a causa e chamar a atenção do governo Federal sobre a defasagem da tabela SUS e acredita que o governador Jackson Barreto fará mudanças, principalmente, na área da saúde proporcionado resolutividade e assistência digna a população.
O deputado estadual Gilson Andrade parabenizou Goretti pela riqueza de dados e lamentou o preconceito que existe sobre o tema, além da via crucis que as pessoas enfrentam para ter acesso a um exame ou procedimento cirúrgico, “isso infelizmente contribui para esses dados alarmantes apresentados pela senhora.”.
“É preciso ações para viabilizar a construção do Hospital do Câncer. Temos um agravante em Sergipe, só existe um aparelho de radioterapia e sempre está quebrado, o que aumenta as filas desumanas. Dados que mostrei servem para que o poder público planeje e aumente e oferte serviços.
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por Cristina Rochadel, da Assessoria de Imprensa