Sergipe 247 – O governador Jackson Barreto (PMDB) disse ontem que o Estado recebeu, do Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de informação sobre as dispensas de licitação para compra de remédios durante a gestão de Eduardo Amorim (PSC) à frente da Secretaria Estadual da Saúde, em 2003 e 2004. “Já havíamos recebido um pedido de Cezar Peluso, que era o relator do processo. Agora o novo pedido foi do ministro Luís Roberto Barroso”, afirmou ele, durante entrevista à rádio Cultura AM.
Segundo ele, Eduardo Amorim, enquanto foi secretário, comprou, por um ano, remédios para o Estado, sem licitação, a um laboratório situado em Maceió. “Quando se foi procurar a sede deste laboratório, no local foi encontrada uma oficina mecânica”, disse. “Eduardo Amorim foi demitido pelo próprio governador, à época João Alves Filho, e deixou um rombo de R$ 178 milhões, que é o que está sendo investigado pelo STF”, acusou. “Ele agora diz que a saúde está um caos, mas esquece de que, como secretário, ele deixou oito hospitais fechados. Amorim acha que o povo é tolo”, afirmou.
Ainda falando sobre Saúde, Jackson Barreto prometeu que, se reeleito, irá focar na melhoria do atendimento às pessoas. “Fizemos muitas obras, estruturamos a rede, pois ela estava destruída. Reabrimos hospitais, construímos dezenas de clínicas e assim montamos a melhor infraestrutura no interior para receber, por exemplo, os médicos do programa federal Mais Médicos. O que investimos na saúde é o suficiente para melhorar o atendimento, Agora vamos trabalhar para não faltar remédios, vamos criar clinicas de especialidades para levar o atendimento à população que precisa fazer exame de ressonância, eletrocardiograma”, prometeu.
JB disse ainda que é preciso dar “nova finalidade” ao Hospital da Polícia Militar. “O prédio hoje tem pouquíssima utilidade, enquanto o Estado está precisando de mais leitos. Vamos lidar este problema. Pretendo discutir com a Assembleia uma forma de integrar o HPM ao SUS. Seria um reforço para o Huse, principalmente para a área ortopédica”, afirmou.
Questionado sobre a forma como o Estado tem tratado os dependentes químicos, o governador disse que irá construir novos centros de apoio psicossocial (CAPs) e defendeu uma mudança completa na política de atendimento a estas pessoas. “Não acredito na recuperação do drogado com um tratamento que não seja continuado. O governo federal peca por não ter uma política mais profunda do ponto de vista de um tratamento contínuo. Os governadores devem discutir com o governo federal um tratamento novo, que tenha continuidade”, reiterou.
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Matéria postada originalmente no Portal Sergipe 247