por Valter Lima, do Sergipe 247
Com a intenção de mostrar os problemas no setor de Saúde do Estado, a propaganda eleitoral do candidato a governador Eduardo Amorim (PSC) exibiu anteontem imagens de superlotação do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse). Mas uma informação presente no vídeo destoou da realidade: a data. As imagens foram captadas em 1º de janeiro de 2000, portanto num período anterior ao atual governo.
No início da década passada, o Estado era administrado por Albano Franco (PSDB), atualmente aliado de Amorim. O atual governo, foco da crítica do programa, iniciou sua gestão em 2007, primeiro com Marcelo Déda (PT), e desde dezembro do ano passado, com Jackson Barreto (PMDB), candidato à reeleição.
No comercial, o narrador afirmou que “na propaganda de Jackson, os hospitais e clínicas funcionam muito bem, tem médicos, remédios, equipamentos”. “Isso é propaganda enganosa”, frisou. Sob as imagens do hospital do início da década passada, o narrador estabelece o contraponto: “Na vida real, o Hospital João Alves não tem maca, não tem médicos, não tem remédios e as pessoas esperam meses por uma cirurgia”. “Parece hospital de guerra”, concluiu.
Sobre o vídeo, a assessoria do candidato enviou a seguinte justificativa: “O vídeo foi apresentado pelo Programa Fantástico, da Rede Globo, há pouco tempo atrás e está disponível na internet. Além disso, a situação caótica do Huse é pública e notória. Se a reportagem for qualquer dia na unidade hospitalar, vai encontrar a mesma situação mostrada no vídeo”.
A propaganda eleitoral do candidato do PSC da última segunda-feira (15) representou uma guinada na estratégia que a equipe vinha desenvolvendo o momento. Após o apelo de aliados para que Eduardo Amorim aparecesse com mais firmeza no horário eleitoral, ele fez duras críticas ao adversário (aqui).
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Matéria postada originalmente no Portal Sergipe 247