Já falei sobre o tratamento que fiz no município e as pessoas começaram a me perguntar se era mesmo gratuito. Isso aqui é maravilhoso, significa a oportunidade de manter a saúde bucal da população, principalmente daquelas pessoas que ganham menos do que um salário-mínimo e não têm condições de pagar por esses serviços. Esse é o depoimento do ex-pedreiro José Wilton Marinho, de 51 anos, morador do povoado Fazenda Nova, no município de Pacatuba, que, entre os meses de setembro de 2013 e abril de 2014, esteve aos cuidados da equipe de especialistas do Centro de Especialidades Odontológicas de Propriá para a realização do tratamento bucal.
Ao longo desse período, passou por todas as especialidades ofertadas na unidade. Ele foi encaminhado, inicialmente, para o procedimento de canal, mas também passou pelo procedimento de periodontia, raspagem, cirurgia para extração e, após todo o cuidado, instalação da prótese, conta a cirurgiã-dentista, Laíla Melo.
Para a equipe que compõe o serviço, o paciente tornou-se um exemplo de força de vontade. Além de ir três vezes por semana a Aracaju, onde faz o tratamento de hemodiálise, frequentou, duas vezes por semana, o CEO, explica a cirurgiã-dentista Débora Freitas.
Sobre o que o motivou a manter essa rotina, José Wilton é enfático. Como é que uma pessoa pode desistir de correr atrás da sua saúde? A continuidade de um tratamento é um benefício para mim e é isso o que me motiva a continuar a hemodiálise e o que me motivou a vir ao CEO, afirma José Wilton Marinho.
Os CEOs
O Centro de Especialidades Odontológicas é uma oferta do Sistema Único de Saúde (SUS) para os cidadãos. Em Sergipe, existem outras cinco unidades gerenciadas pelo Governo do Estado, que estão estrategicamente localizadas nos municípios de Tobias Barreto, Nossa Senhora da Glória, Boquim, Laranjeiras e São Cristóvão. Juntas, as unidades realizam 81 procedimentos integrados. “Para ser atendido, o usuário deve procurar, primeiramente, o atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) do município onde mora. Sendo detectada a necessidade de algum procedimento especializado, como aconteceu com José Wilton, o cirurgião-dentista irá encaminhá-lo para o nosso atendimento”, explica Rosiane Azevedo, coordenadora estadual do serviço.
Em 2013, além desses procedimentos, os CEOs de São Cristóvão e Propriá passaram a contar com o serviço de prótese dentária, que é ofertado aos cidadãos que estejam necessitando e se encaixem dentro dos seguintes perfis: ser de baixa renda, estar incluído no programa social Sergipe mais Justo, possuir número de identificação social (NIS), ou residir nos municípios que encaminham pacientes para receber tratamento especializado nas unidades que ofertam o serviço.
Estando dentro dessas condições, o usuário deve seguir o mesmo fluxo dos demais atendimentos. É preciso que ele seja encaminhado pelo cirurgião-dentista da Unidade Básica de Saúde do município onde reside, reforça a coordenadora estadual.
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