Neste ano, em Sergipe, já aconteceram 14 explosões em bancos espalhados no interior do estado. No total, em operações realizadas na Bahia, em Sergipe e Alagoas, 26 pessoas já foram presas acusadas de envolvimento nesses crimes. A informação é do Complexo de Operações Especiais (Cope) da Secretaria da Segurança Pública do Estado.
Na última quarta-feira, 27, a equipe do Cope conseguiu prender o ex-policial militar Manoel Messias dos Santos Júnior, 41. O ex-militar é acusado de liderar a quadrilha que explodiu o cash do Banco do Brasil no município de Nossa Senhora de Lourdes. De acordo com a polícia, Manoel assumiu ter participado de outro crime de mesma natureza acontecido em Japaratuba. Manoel foi apresentado à imprensa na manhã desta quinta-feira, 28. Ele já responde a sete processos, sendo um caso de homicídio e outros seis de roubo.
O suspeito foi preso após o crime em Lourdes, durante operação realizada pelo Complexo de Operações Especiais (Cope). Segundo o delegado Jonathan Evangelista, uma equipe da polícia já estava de campana na casa de Manoel Messias esperando sua volta. “Júnior é remanescente da quadrilha presa pelo COPE em meados de junho. Desde essa última operação nós continuamos as investigações. Sabemos que após as prisões de junho Júnior recrutou outras pessoas para formar outra quadrilha”, revela o delegado.
Apreensão
Na casa do ex-policial foram encontradas as vestes utilizadas no crime. Com ele também foi achada uma quantia de R$ 1.800, parte do valor retirado do cash. O delegado relata que, segundo confissão do suspeito, este atuava na proteção dos comparsas durante os crimes. A informação da assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP) é que Manoel Messias foi expulso da polícia por conta de envolvimento em um caso de homicídio.
Quadrilha
Ainda nesta quarta, 27, após deixarem o ex-policial militar em casa, quatro comparsas foram seguidos pela polícia. Durante a ação, houve troca de tiros no conjunto Bugio, porém a polícia não conseguiu efetuar a prisão dos suspeitos, que fugiram e abandonaram um veículo Gol, de cor preta, de propriedade de um dos membros da quadrilha. Dentro do carro foram encontradas uma pistola .40 e um revólver calibre 38. A origem do armamento ainda está sendo investigada, mas já se sabe que a pistola é de uso restrito das forças policiais.
Tanto esses suspeitos, quanto os outros dois que participaram da explosão, ainda estão sendo identificados pela polícia. Há suspeitas que parte deles seja de Sergipe. “Vários deles já são nossos conhecidos”, comenta o delegado e diretor do COPE.
Na explosão em Nossa Senhora de Lourdes, apesar de o prejuízo ser de cerca de R$ 17 mil, a informação da polícia é que a quantia de R$ 10 mil deve ter sido aproveitada pela quadrilha. Com relação aos carros utilizados no crime, a informação é que um Cruze e uma caminhonete S10 foram roubados na terça-feira, 26, em Aracaju. “Esses carros, após a explosão em Nossa Senhora de Lourdes, foram abandonados em uma fazenda em Gararu”, relata Jonathan.
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por Monique Garcez, do Portal Infonet