A partir do dia 1ª de setembro, garotas entre 11 e 13 anos de idade que tomaram a primeira dose da vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) devem procurar as Unidades Básicas de Saúde de Sergipe para tomar a 2ª dose.
De acordo com Sândala Teles, gerente do programa de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde (SES), “a vacina é de rotina e, por isso, mesmo depois da campanha da primeira dose, ela continua sendo disponibilizada nas Unidades de Saúde para as meninas entre 11 e 13 anos”.
Segundo dados do programa de Imunização da SES, Sergipe conseguiu atingir 89% da meta anual em apenas seis meses, tendo aplicado 53.672 doses, ultrapassando a meta nacional de vacinar 80%. Para Sergipe, a meta é que 59.800 meninas nessa faixa etária sejam vacinadas.
Para esta segunda fase, 60.000 doses já foram distribuídas em todos os 75 municípios sergipanos. “A adolescente deverá tomar três doses da vacina. A primeira foi aplicada em março deste ano, a segunda será em setembro e a terceira será agendada para 60 meses (5 anos) após a data da primeira dose, sendo um reforço para que as jovens permaneçam imunes. É preciso que os pais levem suas filhas para tomar esta segunda dose, que complementa a primeira, tornando-as imunes contra o vírus”, explica.
A vacina contra o HPV já está disponível nas Unidades Básicas de Saúde. No entanto, a aplicação é gradativa. Em 2014, estão sendo vacinadas as adolescentes do sexo feminino entre 11 e 13 anos. Já em 2015, será a vez das adolescentes de 9 a 11 anos. A partir de 2016, serão vacinadas as meninas que completam 9 anos de idade.
Não bateram meta
Nessa primeira fase, 11 municípios ainda não atingiram a meta: Graccho Cardoso (64,20%), Brejo Grande (64,72%), Nossa Senhora Aparecida (67,95%), Aquidabã (74,64%), Divina Pastora (74,83%), Cedro de São João (75%), Malhada dos Bois (75%), Santa Luzia do Itanhy (75,19%), Pirambu (75,43%), Santo Amaro (77,56%), Aracaju (78,65%).
“Alguns municípios alegam que suas jovens estudam em outros municípios, o que compromete a estatística. Mesmo assim, orientamos que todas as Secretarias Municipais façam a busca ativa e conversem com as famílias sobre a importância de cada jovem receber a dose da vacina em sua localidade”, reforça Sândala Teles.
Além da vacina, a SES distribuiu também todo material informativo para que os municípios intensifiquem as ações. “É fundamental que todos façam sua parte e lembrem aos seus munícipes da importância de vacinar as filhas contra o HPV. É muito importante não esquecer o Cartão de Vacinação”, ressalta Sândala Teles.
HPV
O vírus HPV é uma das principais causas de ocorrência do câncer do colo de útero, sendo a terceira maior taxa de incidência entre os cânceres que atingem as mulheres. A vacina ofertada pelo SUS é eficaz na proteção de mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram contato com o vírus.
A vacina oferece proteção contra quatro subtipos do vírus causador do HPV (6, 11, 16 e 18). Desses, os 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo. Já os tipos 6 e 11 são encontrados na maioria em verrugas genitais.
“O HPV pode ficar no organismo durante anos sem a manifestação de sinais e sintomas. Ele pode ser passado de uma pessoa para outra durante relações sexuais sem proteção, gestação ou no momento do parto. Por isso, a recomendação é a vacinação contra o vírus, o exame Papanicolau periodicamente e o uso constante do preservativo”, explica Almir Santana, gerente do programa de DST/Aids da Secretaria de Estado da Saúde.
* Com informações da SES.