por GloboEsporte.com
Mesmo sem ser titular ainda do Flamengo, Eduardo da Silva se candidata a herói. O roteiro do triunfo sobre o Sport se repetiu nesta quarta-feira, no Maracanã: cruzamento de João Paulo, cabeçada certeira do atacante, que garantiu a virada do Flamengo sobre o Atlético-MG por 2 a 1 – Léo Moura marcou o outro em pênalti sofrido pelo protagonista da noite, e Maicosuel abriu o placar. Empurrado por 37.726 pagantes (40.892 presentes), o Rubro-Negro conquista sua quarta vitória em cinco jogos com Vanderlei Luxemburgo, soma 19 pontos e abre quatro de folga para a zona de rebaixamento. Já o Galo perde uma sequência de quatro jogos invicto e uma boa oportunidade de se aproximar do G-4. A distância para a zona de classificação para a Libertadores aumentou de três para cinco pontos.
O resultado da partida no Maracanã, que teve renda de R$ 1.113.815,00, passa muito pelas substituições do jogo. No lado carioca, as entradas de Eduardo da Silva e Mugni deram nova vida ao time no segundo tempo, enquanto a saída de Maicosuel, com cãibras, deixou os mineiros sem força na etapa final. E os números mostram a força do Fla no estádio: dos cinco jogos disputados no local neste Brasileiro, foram quatro triunfos e apenas uma derrota. Aproveitamento de 80%.
Flamengo e Atlético-MG voltam a campo neste fim de semana. O Galo joga primeiro e recebe o Internacional no sábado, às 18h30 (de Brasília), no Independência. Já o Rubro-Negro entra em ação no domingo, às 16h, e tem pela frente o Criciúma no Heriberto Hülse.
Eduardo da Silva vira herói, e Victor, sem querer, o vilão
O Flamengo que se mostrou especialista em se defender e ficou os últimos três jogos sem sofrer gol mudou a postura para enfrentar o Atlético-MG. Atacou e deu espaços. Concedeu ao adversário um, dois, três… Nove contra-ataques no total. E as velocidades de Diego Tardelli e Maicosuel pelos lados do campo pareciam imparáveis. Foi assim que Maicosuel foi lançado em velocidade, passou por Cáceres, driblou Wallace e marcou um golaço logo aos nove minutos de bola rolando. Luxa reconheceu a deficiência e mexeu ainda no primeiro tempo. Colocou Nixon na vaga de Luiz Antonio e recuou Everton para fechar os espaços. Mas o Atlético-MG também se defendia bem e manteve a vantagem até o intervalo sem grandes sustos.
Os times não mexeram para a etapa final, e o jogo seguiu no mesmo ritmo até os 17 minutos. O Fla foi para o tudo ao nada com Mugni e Eduardo da Silva. O atacante no primeiro lance sofreu pênalti infantil de Pedro Botelho, e Léo Moura converteu com uma pitada de sorte. Victor acertou o canto, defendeu, mas caiu em cima da bola e colocou para dentro. O goleiro levou as mãos à cebeça lamentando, sem saber que o roteiro ainda se repetiria seis minutos depois. Ele defendeu a cabeçada de Eduardo da Silva, mas a bola bateu na trave, bateu nele de novo, e entrou. Motivos para se reclamar da sorte também teve Levir Culpi. Ao perder Maicosuel com cãibras, o Galo ficou sem forças, já que Diego Tardelli, completando 200 jogos pelo Alvinegro, cansou.
Já Paulo Victor não teve do que reclamar. Na cabeçada de André, que entrou no fim, o goleiro rubro-negrou salvou sem susto o que foi a última chance do adversário. O Fla mostra muita evolução no sistema defensivo. Segurou a vantagem e no quinto jogo com Luxemburgo sofreu apenas dois gols, enquanto nas 11 rodadas anteriores pelo Brasileiro a equipe foi vazada 19 vezes. A defesa ainda segue como uma das piores do campeonato, mas nada que o tempo não possa mudar.