Foi preso na manhã deste sábado (09), pela segunda vez, Manoel Messias Sukita, ex-prefeito de Capela e candidato a deputado estadual pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Sukita foi preso em sua residência, por volta das 8h, e encaminhado à sede da Polícia Federal, de onde deverá seguir para a 3ª Delegacia Metropolitana.
De acordo com o advogado de defesa de Sukita, Manoel Cacho, desde a noite dessa sexta-feira (08) que eles já sabiam da prisão. “Nós ficamos sabendo ontem deste mandado de prisão, ele tentou se apresentar para a Polícia Federal, mas não foi possível, então na manhã de hoje eles foram até a residência de Sukita”, declarou o advogado.
Ainda segundo Manoel Cacho, a prisão do ex-prefeito é resultado de um mandado de segurança pedido pelo Ministério Público Federal e acatado pelo relator, Francisco Queiroz Cavalcanti, com efeito suspensivo da liminar que o colocou em liberdade. Para o advogado de defesa, essa foi uma decisão arbitrária. “Essa medida é sem fundamento, ainda hoje estarei entrando com um recurso no STJ”.
O ex-prefeito havia sido libertado no dia 13 de julho, juntamente com o ex-secretário municipal de Capela, José Edivaldo dos Santos, após ficarem presos durante 40 dias no Complexo Penitenciário Jacinto Filho.
Recurso
No dia 18 de julho o Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão da Justiça Federal de Sergipe que suspendeu as prisões preventivas. Na ocasião, o MPF divulgou uma nota que a decisão pela soltura dos acusados contraria o entendimento do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) que manteve a prisão de Sukita e de José Edivaldo. Além disso o MPF alegou que a suspensão das prisões foram realizadas sem a apresentação de algum fato novo por parte da defesa e sem a manifestação do MPF.
De acordo com o procurador da República Heitor Soares, era imprescindível que o MPF fosse ouvido antes da decisão já que tais prisões foram mantidas pela segunda instância. “Não havia qualquer fato novo a justificar a mudança do decreto prisional. O que houve foi apenas a mudança de magistrado, com a criação da 9ª Vara Federal, em Propriá, e a devida transferência do processo de Itabaiana para lá”, explicou o procurador.
O caso
Ambos foram presos no último dia 3 de junho em consequência de investigações realizadas numa ação conjunta entre a Polícia Civil, Controladoria Geral da União (CGU), Polícia Federal e Ministério Público Federal. Os crimes investigados correspondem a lavagem de dinheiro e atos de improbidade administrativa. Na ocasião também foram detidas a mulher de Sukita, Silvany Yanina Mamlak, e a irmã dele, Clara Miranir Santos, acusadas de também participarem do esquema.
Nota – Por volta das 11h da manhã deste sábado (09) Manoel Messias Sukita postou no facebook nas o seguinte: “Amigos, escrevo esse texto minutos antes de ser preso, peço que todos fiquem firmes e fortes em Deus e me ajude a manter a agenda de hoje a missa e o comício”.
E continua: “Infelizmente não vou poder estar com vocês, mas minha mulher Silvany vai estar. Ajude a ela suportar mais essa provação, tomem conta da nossa campanha, façam tudo que vocês poderem (sic) e acharem que mereço”.
E Mais: “Não vamos desistir, vamos enfrentar juntos mais essa covardia. Vocês sabem que o que está acontecendo é porque Sukita é o povo e o povo é Sukita. Deus nos proteja”, e conclui: “as grandes batalhas são dadas aos grandes guerreiros”.
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Informações do A8SE.com.br