A Polícia Civil do município de Estância agiu rápido e elucidou em menos de 12 horas um latrocínio registrado no final da tarde desta terça-feira, 5, na BR-101 no trecho entre as cidades de Estância e Umbaúba. Segundo o delegado André David, os dois menores envolvidos no crime têm 16 anos de idade e planejaram a execução do assalto desde que encontraram o veículo da Cooperativa de Transporte Alternativo de Sergipe (Coopase) estacionado na feira livre da cidade.
Segundo o delegado, a dupla esperou a topic deixar a cidade e na BR-101 interceptou o carro de passageiros. Um dos menores chegou anunciando o assalto e disparou imediatamente um tiro em direção ao pescoço do cobrador Everton Oliveira dos Santos, que morreu no local. Incontrolado, o mesmo adolescente disparou outro tiro contra o motorista, vindo acertar o para-brisa do veículo.
Depois do latrocínio, eles recolheram R$ 180,00 em dinheiro da renda do veículo e dos passageiros. André David informa que foi ao local do crime e a partir das informações colhidas passou a perseguir a dupla dentro do matagal que fica ao lado da pista. “O matagal terminava no conjunto Albano Franco, onde a dupla foi encontrada e apreendida. Eles já estavam com duas mochilas arrumadas para fugir para o município de Boquim, inclusive dentro da machila estava as roupas que eles usaram no dia do latrocínio”, explicou.
Sobre a renda do assalto, os menores repassaram R$ 135,00 para o adulto Jackson da Silva de Jesus, conhecido como ‘Cabelo’. “O dinheiro foi entregue a Jackson como forma de pagamento pelo aluguel da arma utilizada no crime. Ele também foi preso e indiciado por roubo na forma de auxílio material. Não podemos afirmar que Jackson sabia que os menores iriam matar o cobrador, por isso não temos como indiciá-lo por latrocínio”.
Os dois jovens foram identificados pelo motorista do veículo e por testemunhas. “A lei nos impede de mostrarmos o rosto desses menores para a sociedade. Para nós policiais isso é muito frustrante porque no depoimento eles demonstraram frieza, riam e até debochavam da situação. Eles ficarão apreendidos, provisoriamente, por 45 dias e depois caberá a Justiça decidir os rumos desses jovens. Em todo caso, eles só podem ficar no máximo três anos de internação por medida sócio-educativa”, disse.
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Assessoria de Comunicação
Secretaria da Segurança Pública