Mesmo com os professores da rede municipal de Salgado em vigília na sede da prefeitura, desde quinta-feira, dia 24, o prefeito Duílio Siqueira Ribeiro manteve a falta de transparência e recusou-se a entregar as folhas de pagamento da educação à equipe financeira do SINTESE. As folhas de pagamento viabilizariam a realização de estudo para a construção de uma proposta que assegure o reajuste do piso salarial aos educadores de Salgado. A greve do magistério de Salgado também teve início na quinta-feira.
Os professores de Salgado deflagraram greve porque até a presente data não receberam o reajuste do piso salarial de 2014. O reajuste deveria ter sido pago pela prefeitura no mês de janeiro, conforme prevê a Lei Federal 11.738/2008, que assegura o piso salarial aos professores da rede pública de todo o Brasil.
Estudo da folha
Em audiência ocorrida na quinta-feira, 24, entre o prefeito Duílio Ribeiro e a comissão de negociação do SINTESE, o gestor municipal se comprometeu a entregar as folhas de pagamento da educação para que as equipes financeiras do SINTESE e da Prefeitura pudessem dar início aos estudos, a fim de buscar alternativas para o pagamento do reajuste do piso de 2014.
Os professores tinha a esperança de que o prefeito cumprisse o acordo feito durante a audiência e estivesse a disposição para construir juntamente com a equipe técnica do SINTESE a proposta para o pagamento do reajuste do piso. Desta forma, os professores declarariam o fim da greve e retornariam as salas de aula. Mas nada disso aconteceu.
No fim da manhã desta segunda-feira, dia 28, a equipe financeira do SINTESE esteve na prefeitura de Salgado para iniciar os estudos, no entanto, o prefeito não autorizou sua equipe financeira a construir a proposta e nem a disponibilizar as folhas de pagamento da educação. Diante da recusa do prefeito, os professores decidiram manter a greve até que Duílio Ribeiro mostre-se disposto a cumprir a lei e pagar o reajuste.
Lavagem da prefeitura
Os professores decidiram também desocupar a sede da prefeitura no início da tarde desta segunda-feira. Para marcar a saída fizeram uma lavagem na escadaria do prédio. A lavagem foi uma forma simbólica de mandar ‘por água abaixo’ o descaso, a negação de direitos e a falta de transparência.
“Trouxemos vassoura e baldes para lavar as maldades desta administração. Vamos ver se lavando tudo sobra respeito à legislação, para que nosso piso seja cumprido. A luta dos professores da rede municipal de Salgado não se encerra por aqui. Faremos atos, assembleias e vigílias até que o prefeito Duílio Ribeiro cumpra o acordado e garanta o reajuste do piso”, afirma o coordenador da subsede Centro Sul do SINTESE, professor Estefane Lindeberg.
Assembleia
Os professores de Salgado farão assembleia da categoria na próxima quinta-feira, dia 31, para deliberar novas ações e os rumos da luta. A assembleia será na Casa do Jovem, às 14h.
Siga o SE Notícias pelo Twitter e curta no Facebook
Da Assessoria de Imprensa/Sintese