Holanda e Argentina entrarão em campo nesta quarta-feira (09), às 17h (horário de Brasília), no Itaquerão, em São Paulo, atrás da segunda vaga na final da Copa do Mundo, reeditando um duelo tradicional que já foi realizado quatro vezes pela competição.
O retrospecto é favorável aos europeus, que venceram dois destes confrontos. Foi contra o rival destas semifinais, contudo, que a ‘Albiceleste’ conquistou seu primeiro título mundial. Em 1978, em Buenos Aires, Mario Kempes e companhia arrancaram vitória por 3 a 1 na prorrogação e garantiram a taça.
Olhar para a história, aliás, faz as duas seleções ficarem com mais sede de ir à final e sair do Brasil campeão. Os holandeses já foram vice três vezes e sonham em sair da fila, enquanto os argentinos querem pôr fim a um jejum de 28 anos. Para isso, a confiança está depositada em craques que estão sendo decisivos na Copa. De um lado, Arjen Robben, que já marcou três gols, deu uma assistência, e tem a impressionante marca de 94,1% de finalizações certeiras. Se trata do “motorzinho” holandês.
O técnico Louis Van Gaal já reconheceu que nos momentos complicados do jogo, orienta os comandados a acionarem o atleta do Bayern de Munique. Do outro lado a esperança recai nos ombros de Lionel Messi. O argentino marcou quatro vezes na competição e também deu um passe para gol. O camisa 10 é o jogador que mais deu passes dentro da área (22), ou seja, está no topo dos jogadores mais ativos na cara do gol neste Mundial.
Para o jogo, a Holanda deixou de lado o perfil de seleção simpática e trocou pelo de misteriosa. Tanto é que os treinos em São Paulo, que estão sendo realizados no estádio do Pacaembu, acontecem sob o mais absoluto sigilo. Van Gaal não passou a ter novo problema depois da vitória nos pênaltis sobre a Costa Rica, pelas quartas de final.
O desempenho do setor ofensivo, no entanto, foi abaixo do esperado e assim poderá haver mudanças, como a saída de Memphis Depay. Para marcar o forte ataque argentino, é possível a entrada de um novo defensor. Até aqui, a Holanda utilizou 21 dos 23 jogadores do elenco — só o goleiro Vorm e o volante Clasie não jogaram —, o que mostra a capacidade de trabalhar o elenco.
No último jogo, aliás, houve até polêmica com a entrada do reserva Krul no lugar de Cillessen para a decisão por pênaltis. O goleiro do Newcastle fez duas defesas e foi fundamental na vitória por 5 a 3. A grande surpresa, no entanto, poderá ser um jogador que estava indisponível para o jogo, devido contusão.
O jornal holandês Telegraaf publicou nesta terça-feira que o volante Nigel De Jong está recuperado de problema na virilha e, secretamente, vem sendo preparado para parar Messi.
Do lado argentino, o grande problema é a ausência de Di María, que sofreu lesão muscular na coxa direita e está fora da semifinal. O meia Enzo Pérez deverá ganhar a vaga do craque do Real Madrid, como já aconteceu no jogo contra a Bélgica, pelas quartas de final.
A versatilidade do rival, no entanto, gerou interrogações para o técnico Alejandro Sabella. A dúvida é entre voltar a utilizar o esquema com cinco defensores ou manter a formação atual. Caso haja mudança tática, Lavezzi dará vaga a Basanta. O lateral esquerdo Rojo, por outro lado, volta ao time titular após cumprir suspensão. Este será o último jogo do Itaquerão na Copa.
Até agora, cinco partidas aconteceram no local, com direito a um jogo de holandeses — vitória sobre o Chile por 2 a 0 — e um de argentinos — êxito contra a Suíça por 1 a 0. No estádio, o Brasil também jogou, vencendo a Croácia por 3 a 1 na abertura do torneio.
Fonte: R7