O deputado federal Márcio Macêdo (PT) representa o Brasil na II Cúpula Mundial de Legisladores sobre Mudanças Climáticas, a Globe, que ocorre no México, neste fim de semana. Ele proferiu palestra sobre a política florestal brasileira e as mudanças climáticas no país, neste sábado (7). “As florestas tropicais estão em rápido processo de destruição e parar esses movimento deve ser prioridade mundial”, defendeu.
Em sua apresentação, o parlamentar afirmou que “nas últimas décadas, desapareceram 45% das florestas, que originalmente cobriam 14 milhões de quilômetros quadrados”. “A África perdeu 92% de sua cobertura de florestas primárias, a Ásia 94%, a Oceania 78%, a América do Sul (incluindo florestas tropicais e temperadas), 54%. No Brasil, restam 7% da Mata Atlântica e o desmatamento na Amazônia em 30 anos foi maior em área do que toda a superfície da França, um dos maiores países da Europa Ocidental”, ressaltou.
Márcio destacou que “o Brasil é o país com a maior mata continua do mundo”. “49% do território brasileiro é coberto por mata nativa”, frisou. De acordo com ele, nos últimos dez anos, o país reduziu o desmatamento em 77%. Ele também informou que “entre agosto de 2013 e abril de 2014 foram emitidos 2.401 autos de infração e aplicadas mais de R$ 1 trilhão em multas. “O alerta de desmatamento caiu em 20%”, afirmou.
O deputado informou ainda que “a meta do Brasil é reduzir em 80% o desmatamento no país”, o que terá efeito considerável na redução da emissão de gases de efeito estufa. O Brasil assumiu metas voluntárias de redução dos gases do efeito estufa entre 36,1% a 38,9% até 2020. “Já cumpriu 76,1%”, disse Márcio.
Em sua palestra, o parlamentar destacou os avanços na legislação brasileira em relação ao meio ambiente. Ele citou a Lei 12.187/2009, que instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima. Neste sentido, ele lembrou que em 2010 um decreto presidencial detalhou as ações para atender o compromisso nacional, dentre as quais, a redução do desmatamento; a expansão da oferta de energia hidrelétrica e de outras fontes renováveis e incremento da eficiência energética; a melhoria das práticas agrícolas.
Ao falar sobre as mudanças climáticas, ele destacou o “clima é estratégico para a humanidade” e destacou que cerca de 30% do PIB do Brasil é baseado na produção de produtos primários e alimentos que dependem do clima. Para Márcio, a Cúpula Mundial de Legisladores “deve dizer para os países ricos industrializados assumirem compromisso de financiamento ao enfrentamento às mudanças climáticas”.
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Da Assessoria Parlamentar