Os médicos do município de Aracaju estão com as atividades paralisadas desde o início da manhã desta terça-feira (20). O atendimento nos postos de saúde foi interrompido por 48 horas. A classe resolveu cruzar os braços como forma de reivindicar melhores condições de trabalho e a participação no processo de implantação das Organizações de Saúde (OSs).
Apenas os serviços de urgência e emergência das Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) Nestor Piva e Fernando Franco estão funcionando normalmente. De acordo com o sindicato, todo o efetivo que atua no município aderiu ao movimento.
A assessoria informou que como o atendimento nos postos é eletivo, não será preciso ter os 30% dos médicos trabalhando, mas as UPAS estão funcionando.
Os médicos estiveram reunidos na sede do sindicato nesta manhã em assembleia geral na sede do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed) para discutir as negociações que estão sendo feitas com a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA).
João Augusto Alves de Oliveira, presidente do Sindimed, explica que os profissionais optaram por não entrar em greve por entenderem que a negociação com a Prefeitura ainda está em aberto. “O reajuste foi anunciado e, apesar de não ser tão ruim, não foi do agrado de todos. Mas como o canal de diálogo é continuo, Preferimos não prejudicar a população, que já sofre tanto com o sistema de saúde”, garante.
Porém, o presidente do Sindimed afirma, que ainda existem outras questões a serem debatidas. Os médicos reivindicam melhores condições de trabalho e também desejam participar do processo de implantação das Organizações de Saúde no Município de Aracaju.
“Desejamos que as OS sejam discutidas com o Sindicato antes que a Secretaria pulique o edital para contratação. Por isso, decidimos paralisar a atividades, no intuito de chamar a atenção de todos quanto a essa questão. Se a Prefeitura resolver impor as OSs sem querer discutir as suas regras, poderemos entrar em greve mais à frente”, assegura João Augusto.
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Daniel Soares, do G1 SE