Mais uma tentativa de recolhimento ilegal do Imposto Sindical levou os dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos de Nossa Senhora do Socorro (SINDSOCORRO), filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), a prestar queixa do ocorrido na 5ª Delegacia do Conjunto João Alves, na última sexta-feira, 11/04.
Há duas semanas, no dia 4 de abril, o senhor Joanes Albuquerque de Lima, representando o SINDISPUB, publicou no Jornal do DIA uma solicitação à Prefeitura Municipal de Nossa Senhora do Socorro do repasse referente ao Imposto Sindical – recolhido compulsoriamente do salário dos servidores públicos do município. O referido Sindicato, no entanto, não existe: nem institucionalmente, nem enquanto referência dos servidores públicos de Socorro.
Em 2010, junto à Força Sindical, o senhor Joanes Albuquerque tentou pela primeira vez embolsar o dinheiro do Imposto Sindical, alegando ser o presidente do SINDISPUB e portando a exigida Carta Sindical. Mas o SINDISOCORRO, que desde 2001 representa os trabalhadores do município de Nossa Senhora do Socorro e é referendado pela atuação e luta na defesa de seus direitos e interesses, ingressou com uma ação judicial que cancelou a Carta Sindical do SINDSPUB. O registro do sindicato representado pela Força Sindical foi concebido de forma irregular pelo MTE, uma vez que não pode haver dois sindicatos representando a mesma base de trabalhadores.
A Justiça Federal impediu o golpe da Força Sindical junto ao SINDSPUB e, passados três anos do ocorrido, os mesmos senhores tentam novamente burlar a decisão judicial que a inviabiliza este ‘sindicato de fachada’ a praticar qualquer tipo de ato junto ao MTE.
Para o presidente do SINDSOCORRO, Wellington Araújo do Espírito Santo, este é um exemplo clássico do sindicalismo que só tem interesse no Imposto Sindical e está completamente desatrelado de luta, movimento social ou qualquer relação com os trabalhadores, que são os principais prejudicados. “O sindicato já levou o caso à Polícia e levará ao MPF. Não vamos deixar que esta tentativa de golpe vigore, nem desta vez nem em nenhum outro momento. Não adianta a Força Sindical insistir na criação de um sindicato que não luta, que não mobiliza, que não serve ao trabalhador, mas apenas para recolher seu dinheiro através do Imposto Sindical”, defendeu.
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