Marina Fontenele, G1 SE
Oito presos na Operação Gipsy Bandit, deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira (11), foram transferidos para o Complexo Penitenciário Advogado Antônio Jacinto Filho (Compajaf), em Aracaju (SE), na manhã desta terça-feira (15). Após serem submetidos a exames no Instituto Médico Legal (IML), o grupo foi levado para a prisão considerada de segurança máxima.
Duas mulheres, também detidas no cumprimento de prisão preventiva, permanecem no Presídio Feminino do município da Barra dos Coqueiros (SE). Todos os envolvidos fazem parte do mesmo grupo familiar e são suspeitos de fraudes na Previdência Social que somam R$ 2 milhões em 56 benefícios investigados.
O esquema criminoso era mantido pela família de ciganos especialistas em requerer, por meio de fraude, benefícios assistenciais de amparo social ao idoso. Segundo a Polícia Federal, eles obtinham registros de nascimento de maneira tardia e confeccionavam novos documentos como carteira de identidade, CPF, CTPS, com o intuito de requerer indevidamente benefícios de amparo social ao idoso no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
O prejuízo inicialmente identificado ultrapassou a soma de R$ 2 milhões, verificado em apenas uma amostragem procedida em 56 benefícios investigados, outros casos ainda estão sendo investigados.
Na operação, foram cumpridos doze mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça Federal de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Dez deles executados na cidade de Lagarto (SE) e outros dois em Camaçari (BA). Grupo agia nos municípios de Almenara e Jequitinhonha, em Minas Gerais.