Familiares e amigos de Murilo Tadeu Caldas Fontes, 25, fecharam no início da noite desta segunda-feira (07) um trecho da avenida Pedro Calazans esquina com rua Laranjeiras em protesto pela morte do rapaz ocorrida na madrugada do último sábado (05) dentro da Delegacia Plantonista. Eles alegam que os policiais não prestaram socorro ao rapaz.
Utilizando de pneus e outros objetos, os manifestantes atearam fogo e interromperam o trânsito no trecho da avenida, a menos de 50 metros da Delegacia Plantonista. O trecho ficou obstruído entre as ruas Laranjeiras e São Cristóvão. Pouco tempo depois a Polícia Militar dispersou os manifestantes.
O caso
Segundo informações da polícia, Murilo estava junto com mais três amigos no conjunto Albano Franco, no município de Nossa Senhora do Socorro, quando o veículo em que estavam caiu em um buraco. No momento, em que tentavam retirar o carro chegou uma viatura da Polícia Militar e abordou os rapazes.
Foi determinado que eles colocassem a mão na cabeça, mas aparentemente alucinado, Murilo não obedeceu e um policial fez um disparo para o alto, o que fez com que Murilo corresse, mas logo em seguida foi preso pelos policiais que acabaram encontrando oito cápsulas de cocaína nas mãos do rapaz. De acordo com relatos dos amigos de Murilo, ele teria consumido todo o conteúdo das cápsulas.
Os homens foram colocados dentro da viatura policial e levados até a Delegacia Plantonista, porém no trajeto, Murilo começou a respirar forte e sangrar pelo nariz. Ao chegar na Deplan, Murilo teria tido uma parada cardiorrespiratória. Uma ambulância do SAMU foi acionada, mas o rapaz já estava morto.
SSP
A Secretaria de Segurança Pública informou que a causa da morte de Murilo será examinada pela Instituto Médico Legal (IML). O órgão negou qualquer agressão por parte dos policiais. Tanto que Murilo chegou a Delegacia Plantonista sem sinais de ter sido agredido.
Com informações do Jornal da Cidade.Net