O deputado federal Márcio Macêdo defendeu, nesta sexta-feira (21), que o PT deve estar aberto a dialogar com a ex-primeira-dama Eliane Aquino, caso ela esteja disposta a participar das eleições deste ano como candidata ao Senado. Ele ressaltou que “a população quer votar nela”. O parlamentar criticou ainda a forma “completamente enviesada” como a nova direção do PT no Estado está conduzindo a questão da filiação de Eliane e ressaltou que o partido deve superar suas diferenças internas e trabalhar em prol da unidade. “É isto que o povo sergipano espera de nós”, frisou.
Ao conceder entrevista ao radialista George Magalhães, no programa “A Hora da Verdade”, Márcio afirmou que tem se mantido distante do debate público sobre uma possível candidatura da ex-primeira-dama por entender que esta questão é, primeiramente, de foro íntimo, e, em segundo lugar, de definição interna do partido. Ele reforçou que o desejo de uma candidatura de Eliane Aquino ao Senado partiu da população.
“Em todo canto do Estado em que eu chego, sou questionado sobre isso pelo povo. É um movimento da sociedade, que vê nela uma referência, pela personalidade, pelo trabalho, e, obviamente, pela dedicação que ela teve a Déda”, frisou.
Márcio explicou que a questão da filiação da ex-primeira-dama deve ser resolvida sem grandes percalços. “Percebo que o grupo de Rogério e Ana está tratando este tema como se fosse a Justiça eleitoral. Essa questão da ficha estar ou não atualizada poderia ocorrer com qualquer pessoa. A Justiça Eleitoral tem flexibilidade quanto a isso, uma vez que o mais importante é o domicílio eleitoral. Há decisões do STF neste sentido. Se provar que tem vida partidária pode ser candidato. Todo Sergipe sabe que Eliane tem vida política. Ela sempre participou das atividades do partido, organizando a ação das mulheres”, lembrou.
Para o deputado, o que tem que ser discuto no PT sobre uma candidatura de Eliane Aquino é se é bom para o partido e se é bom para a sociedade. “Te que discutir isso de forma madura, respeitosa e política. Esse debate jurídico e da legalidade, que estão levantando, esconde, na verdade, o debate político. Então, este grupo tem que ter coragem de dizem que não quer Eliane candidata. Não adiante subterfúgios e ficar buscando justificativas na burocracia. Tem que dizer que há outros projetos, outros compromissos deste grupo, que é maioria no partido, que afastam Eliane de uma candidatura”, ressaltou.
Por isso, o parlamentar cobrou da atual direção do PT de Sergipe uma visão mais estratégica para o futuro do partido e prol da unidade. “O processo de eleição interna já acabou, é uma pagina virada. Temos que continuar discutindo o projeto estratégico do PT para o Estado. Quero contribuir para a unidade do partido. Não é momento para briga. Mesmo prejudicando projetos individuais, o momento é de construção do projeto coletivo. É isso que Sergipe espera de nós, é isso que os partidos aliados também esperam. Temos que dizer ao povo sergipano que a luta de Deda não será jogada fora”, disse.
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Da Assessoria Parlamentar