Sem obter qualquer avanço no diálogo com a Administração Municipal de Aracaju, na manhã de ontem, 19/02, os profissionais do Serviço Social lotados na Secretaria de Saúde entregaram ofício à Prefeitura comunicando que a partir do dia 26 de fevereiro estarão em greve por tempo indeterminado.
A entrega do documento aconteceu após manifestação na porta da Prefeitura, que contou com o apoio de dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) e do mandato da deputada Ana Lúcia. As trabalhadoras foram surpreendidas pela Guarda Municipal com a proibição de adentrarem no órgão público para entregar o ofício.
“A Prefeitura é a Casa do povo e ninguém pode impedir estas mulheres, servidoras públicas, de terem acesso ao prédio para protocolar um documento! Isso é um absurdo. Isso não é jeito de tratar o trabalhador que presta serviço para a sociedade”, enfatizou o dirigente da CUT/SE, Valmir Atitude. Após muito diálogo entre os manifestantes presentes, uma comissão formada por 10 trabalhadores entrou no prédio para entregar o documento.
PAUTA – Os profissionais do Serviço Social da Prefeitura cobram o cumprimento da Lei 12.317/10 que estabelece a jornada de 30 horas para os assistentes sociais e a incorporação ao salário das gratificações, conforme modelo adotado em benefício dos médicos do município de Aracaju.
Dirigentes do Sindicato dos Assistentes Sociais de Sergipe (SINDASSE) ainda cobram lotação definitiva de um/a assistente social para cada duas Equipes de Saúde da Família, seguindo a mesma proporção da odontologia e cumprindo as deliberações das três últimas Conferências Municipais de Saúde.
De acordo com os assistentes sociais da PMA, todos os tópicos de reivindicação foram discutidos com a Administração Municipal, mas não houve nenhum compromisso nem iniciativa para mudar nada. Portanto, as trabalhadoras e trabalhadores do Serviço Social optaram, no dia 14/02, sexta-feira, pela greve geral como recurso para pressionar o prefeito João Alves a cumprir a lei conquistada pelos assistentes sociais de todo Brasil.
“Aracaju é a única capital brasileira que não cumpre a lei das 30 horas. Além de um desrespeito com os assistentes sociais, isso é uma vergonha para Sergipe”, desabafou a presidente do SINDASSE, Rosely Anacleto.
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