por Cícero Mendes*
Não há mais nenhuma dúvida de que o nome do senador Antônio Carlos Valadares (PSB) deve ser considerado como mais uma opção à disputa ao Governo de Sergipe. E não se trata de qualquer nome, mas do único senador sergipano a alcançar o terceiro mandato consecutivo, de um ex-governador do Estado, deputado estadual, prefeito da sua cidade, Simão Dias, e de um político com excelentes relações em Sergipe e em Brasília.
Várias situações colaboraram para que hoje, Valadares seja considerado um nome de peso nessa disputa. Em Sergipe, a forma com o PSB vinha sendo tratado pelos governistas, em especial o PT, provocaram a ira em muitos socialistas, principalmente após a demissão do superintendente da Caixa em Sergipe, Luciano Pimentel, pré-candidato a deputado estadual. Além disso, nas entrevistas dos presidentes do PT (deputado federal Rogério Carvalho) e PMDB (governador Jackson Barreto) sobre sucessão estadual, ambos nunca citaram a importância da presença do PSB na chapa majoritária. Pelo contrário, JB passou a valorizar uma possível ida do DEM do prefeito de Aracaju, João Alves Filho, para o seu palanque, que fortalecer a aliança histórica com os socialistas, algo que deixou as lideranças do partido com “a pulga atrás da orelha”.
Na sexta-feira, em entrevista ao radialista Gilmar Carvalho, no programa ‘Jornal da Ilha’, o líder do PSB na Câmara Federal e vice-presidente nacional do partido, Beto Albuquerque, reforçou a tesa da candidatura do senador ao governo de Sergipe. Ele confirmou a definição de que o partido terá candidatura própria e que outra decisão já está tomada: “em hipótese alguma, o PSB estará com o PT e o PMDB”.
Beto Albuquerque também não descartou o apoio do PSB ao senador Eduardo Amorim (PSC), pré-candidato a governador. “Nossa prioridade é uma candidatura própria do PSB, mas a depender das relações locais, poderemos sim discutir uma aliança com Amorim”.
Com o apoio da nacional, que deseja reforçar o palanque nos estados do presidenciável Eduardo Campos (PSB), com a experiência política, fidelidade dos filiados ao partido, facilidade de articulação política, entrosamento com várias lideranças partidárias, com serviços prestados ao estado e um currículo sem manchas, o senador Valadares entra na disputa com reais chances de êxito, aprimorando o debate político e oferecendo mais uma opção de proposta de governo para Sergipe, o que é bom para a democracia.
A DESISTÊNCIA DE ZECA I
Todos já sabiam, mas nunca ouviram dele publicamente. O deputado estadual Zeca da Silva (PSC) não vai disputar a reeleição este ano. Mas devido às especulações sobre essa decisão, ele decidiu antecipar os reais motivos durante entrevista ao radialista George Magalhães, âncora do programa ‘A Hora da Verdade’. “Essa é uma decisão antiga, minha família e alguns amigos já tinham conhecimento dela, mas eu estava esperando o momento certo para me declarar publicamente. Quero aproveitar para pedir desculpa aos amigos que eu ainda não tinha entrado em contato, pois os respeito e sei que eles mereceriam saber pessoalmente”, justificou.
A DESISTÊNCIA DE ZECA II
Segundo Zeca da Silva, são 14 anos de vida política, com mandato ininterrupto. Nesse tempo, fez muitos amigos, pessoas que merecem consideração e respeito. Quero sair ou dar um tempo do meu mandato, da vida pública, da mesma forma que eu entrei, de cabeça erguida, pela porta da frente. Não quero sair completamente, mas quero cuidar de alguns assuntos pessoais e dar mais atenção à minha família. É claro que vou apoiar e acompanhar meus amigos durante o período eleitoral, mas depois das eleições irei me dedicar à minha vida privada”, disse.
A DESISTÊNCIA DE ZECA III
O deputado deixou claro que essa decisão nada tem a ver com qualquer enfraquecimento eleitoral do grupo político liderado pelo senador Eduardo Amorim (PSC), pré-candidato ao governo de Sergipe. Para ele, esse tipo de especulação é uma estratégia dos governistas que estão preocupados com a adesão popular ao novo projeto político liderado pelo senador. “A partir do momento em que nosso agrupamento decidiu que iríamos ter uma candidatura majoritária este ano, a vida política de Sergipe ficou em polvorosa. E por que não podemos ter uma candidatura majoritária? Por que é um projeto novo? Por que é um grupo que está crescendo democraticamente? Lá não tem imposição ou mão de ferro de alguém, não que outros partidos tenham, não é isso que eu quero dizer. Mas lá tomamos decisões de forma democrática, e isso incomoda”, respondeu Zeca da Silva.
UM BILHÃO PRA SEGURANÇA
Um tapa na cara do cidadão, principalmente daqueles que moram em regiões desassistidas por policiamentos eficientes. O governo federal anunciou que o plano de segurança pública para a Copa do Mundo custará R$ 1,170 bilhão e envolverá 100 mil profissionais de segurança e defesa civil (sem considerar o contingente das Forças Armadas). Estão incluídos agentes federais da Agência Brasileira de Informações (Abin), da Força Nacional, e das polícias Federal e Rodoviária Federal, estaduais (policiais militares e civis, e bombeiros) e municipais (guardas civis e agentes de trânsito). Além da construção de 14 Centros Integrados de Comando e Controle (12 regionais e dois nacionais, em Brasília e no Rio), os Estados vão receber 27 Centros de Controles Móveis (caminhões equipados que ficarão nas proximidades dos estádios), 12 imageadores aéreos (equipamentos instalados em helicópteros, capazes de captar e transmitir imagens em tempo real para os centros de controle), robôs para detonação de explosivos e 36 Plataformas de Observação Elevadas (com 12 câmeras de alta resolução capazes de captar, tratar e transmitir imagens). Agora imagine todo esse dinheiro sendo usado em parceria com os Estados, para fortalecimento das policiais Civil e Militar, e com as prefeituras, para o reforço da atuação das guardas municipais? Com certeza traria resultados positivos para quem vive com o medo da violência que cresce em todo o país.
Todo o aparato de segurança estará em pleno funcionamento no período entre 20 dias antes da Copa (20 de maio) até 5 dias depois do término (18 de julho). Neste período, todos os 14 CICCs (Centros Integrados de Comando e Controle) estarão operando 24 horas por dia.
A Força Nacional de Segurança (FNS) colocará 10.600 homens à disposição das 12 cidades que vão sediar jogos. No entanto, pelo menos cinco governos estaduais não pretendem, a princípio, solicitar apoio da Força: São Paulo, Paraná, Ceará, Bahia e Amazonas.
A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, disse que foram ministrados mais de 40 cursos para os agentes da FNS, como mediação de conflitos e controle de distúrbios, no caso de haver protestos. “Nossa preocupação é garantir o direito legítimo dos brasileiros à manifestação. Para aqueles que usarem os protestos para praticar crimes, os policiais da Força foram treinados para discerni-los e individualizar suas condutas para que sejam punidos de acordo com a lei”, disse Regina.
A função que a FNS vai desempenhar em cada cidade vai variar. Em alguns locais, ficará aquartelada como força de contingência. Em outros, auxiliará a Polícia Militar no patrulhamento ostensivo. Em Estados, poderá acompanhar as delegações, com batedores.
A quantidade de chefes de Estado que virão ao Brasil ainda não está fechada, mas a Sesge já trabalha com a presença dos presidentes dos países dos BRICs (Rússia, Índia, China e África do Sul), já que a reunião de cúpula do grupo foi marcada para logo depois da final da Copa, em Fortaleza. Mandatários de EUA, Israel, Irã e países em conflito serão classificados como de alto risco, e terão esquema de segurança especial.