Policiais civis da 4ª Divisão do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) elucidaram o assassinato de Bruno Alexandre dos Santos, 21 anos, que aconteceu em 27 de junho de 2013. Na ocasião, ele foi morto a tiros por dois homens armados que o atacaram na Avenida 23 do Conjunto Parque dos Faróis, em Nossa Senhora do Socorro.
Segundo o delegado responsável, Mário de Carvalho Leony, o crime foi cometido por João de Menezes Souza, conhecido como ‘Mãozinha, Samuel ou Extremo’, 22 anos, e Valbert Gonçalves da Silva, o ‘Valbinho’, 20 anos.
João foi preso nesta segunda-feira, 6, após ser localizado no Loteamento Santa Cecília, em Socorro. Valbert, por sua vez, já estava detido desde o dia 20 de setembro de 2013. “Chegamos primeiro a ‘Valbinho’, mas, para não prejudicar a investigação, preferimos manter a prisão dele em sigilo até conseguirmos a prisão do outro acusado”, explicou Leony. Os dois estão sob prisão preventiva, decretada pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Nossa Senhora do Socorro.
O delegado informou que, ao ser baleado, Bruno foi ferido no peito e no abdômen, sendo internado no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), onde morreu no dia seguinte, em consequência de anemia aguda. Antes de ser socorrido, a vítima conseguiu revelar aos seus familiares quem foram os seus algozes [Valbert e João] e contou que já havia se desentendido com eles anteriormente.
“Posteriormente, ouvimos depoimentos e juntamos outras provas no decorrer do inquérito, e elas confirmaram que os dois foram os autores do crime”, disse Leony, confirmando ainda que a rixa entre os envolvidos está ligada à rivalidade das torcidas organizadas de futebol que atuam em Aracaju. Bruno era integrante da Trovão Azul, do Confiança, enquanto Valbinho e Mãozinha faziam parte da Esquadrão Colorado (TEC), do Sergipe.
Antes de ser investigado pelo crime, Valbinho já respondia a outros quatro processos judiciais e, em 28 de junho, chegou a ser preso por porte ilegal de arma, ao ser flagrado pela Polícia Militar com um revólver calibre 38, no bairro Santos Dumont, zona norte da capital. Ele foi solto por decisão da Justiça, mas a arma permaneceu apreendida.
“Nós vamos saber agora se houve a retirada de projéteis do corpo da vítima, para podermos fazer um exame de comparação balística na arma e saber se ela foi usada no crime”, disse o delegado do DHPP. João e Valbert foram indiciados pelo crime de homicídio qualificado e aguardam julgamento detidos no sistema prisional. A pena para este tipo de crime varia de 12 a 30 anos de reclusão.