por Valter Lima, do Brasil 247
Não deve ser substancial a mudança no secretariado por parte do governador Jackson Barreto (PMDB). A vaga de Silvio Santos, que deixou a Casa Civil, será preenchida por Zezinho Sobral (PMDB), atual secretário do Planejamento. O secretário de Governo, Pedro Lopes, voltará a ocupar função como chefe do Escritório de Sergipe em Brasília, e para o seu lugar irá o secretário da Justiça, Benedito Figueiredo (PMDB). O PRB vai ganhar a Secretaria da Agricultura, cujo titular será Francisco Dantas. Estas informações são do jornalista Diógenes Brayner, publicadas no Correio de Sergipe e Faxaju.
Ele ressalta ainda que percebe-se que até o momento serão feitos remanejamentos, que abrem espaços para nomeações na Seplag, na Sejuc, alem da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), cuja titular, Lúcia Fálcon, já havia limpado as suas gavetas para sair. As pastas vazias serão preenchidas por aliados e outras, que podem ficar vagas, também entrarão no pacote de ofertas a partidos que venham engrossar a aliança hoje liderada por Jackson Barreto.
Abaixo o texto na íntegra:
NOMES PROPOSTOS E REFORMA PEQUENA
O governador Jackson Barreto (PMDB) não fará uma mudança profunda no secretariado. Alguns nomes já estão surgindo como certos para ocupar pastas que vão se esvaziando naturalmente, como é o caso da Casa Civil em que o seu ocupante, Silvio Santos (PT), pediu exoneração para iniciar o seu trabalho de pré-campanha a deputado estadual. Silvio já reuniu aliados e anunciou esse seu projeto político oficialmente.
A vaga de Silvio Santos será preenchida por Zezinho Sobral (PMDB), atual secretário do Planejamento. O secretário de Governo, Pedro Lopes, voltaria a ocupar função como chefe do Escritório de Sergipe em Brasília, e para o seu lugar iria o secretário da Justiça, Benedito Figueiredo (PMDB). Tem mais: o PRB vai ganhar a Secretaria da Agricultura, cujo titular será Francisco Dantas.
Percebe-se que até o momento serão feitos remanejamentos, que abrem espaços para nomeações na Seplag, na Sejuc, alem da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), cuja titular, Lúcia Fálcon, já havia limpado as suas gavetas para sair. As pastas vazias serão preenchidas por aliados e outras, que podem ficar vagas, também entrarão no pacote de ofertas a partidos que venham engrossar a aliança hoje liderada por Jackson Barreto.
Dificilmente haverá reforma administrativa, com fusão de secretarias ou extinção de outras, em razão do trâmite legal, que terá de passar pela Assembléia, de recesso até 15 de fevereiro, 45 dias antes do prazo para desincompatibilização dos candidatos nas eleições de outubro.
Secretaria como a Sedurb não deve ser extinta – como se chegou a imaginar – porque ela tem recursos a receber, que serão perdidos se não integrar mais a estrutura de Governo. Secretários que pretendem disputar mandatos já devem começar a pensar em ficar livres dessa obrigatoriedade, para que tenham maior tempo de projetar campanha e iniciar um trabalho de visita às bases e de conquista de novos eleitores.
Jackson pretende manter juntos os partidos que dão apoio ao seu Governo e ampliar essa aliança com outras legendas que não estejam na linha dos adversários. Mira em um objetivo: atrair o prefeito João Alves Filho (DEM) para o seu lado. Abriria a vaga de vice na chapa majoritária para o deputado federal Mendonça Prado (DEM), embora nesse momento o nome de Valadares Filho (PSB) seja bem cotado.
Conquistar João Alves Filho se tornou um desejo também do grupo liderado por Edvan Amorim, que tem como candidato a governador o senador Eduardo Amorim (PSC). Os dois oferecem vaga na chapa majoritária, inclusive para o Senado, que pode ser a senadora Maria do Carmo Alves (DEM). Um detalhe: nessa composição, Mendonça Prado não entra, já que tem exposto posição política contrária aos Amorins.
Mas o prefeito João Alves Filho é um cofre, cujo segredo ele mantém a sete chaves. Seria João candidato ao Governo? É a grande e incômoda dúvida. Hábil, experiente nesse jogo de mexer as pedras no tabuleiro do xadrez político, o prefeito não dá uma única pista para se desvendar esse mistério.
Sobre esse assunto, aliás, ele se recusa a falar, apesar de acompanhar e gostar de ver o seu nome em primeiro lugar nas pesquisas de opinião pública.
João Alves Filho vem conversando com o senador Valadares. Também o faz com o senador Eduardo Amorim. Na maioria das vezes é para resolver algum problema em Brasília. Não se tem informação quanto a conversas políticas. Deduz-se que só será revelada a posição de João Alves Filho no final de março, caso ele se desincompatibilize da Prefeitura de Aracaju. Nesse caso será candidato, com chances de vitória.
Caso permaneça no mandato, será objeto de sedução dos dois grupos. Quem conseguir seu coração certamente terá como certa (ou quase) a eleição em 05 de outubro deste ano.