A Secretaria da Segurança Pública (SSP) irá colaborar com a qualificação e treinamento dos vigilantes em todo o Estado, a partir de cursos e palestras a serem realizados junto às empresas e sindicatos do setor. O assunto foi discutido em reunião no final da tarde desta quinta-feira, 12, entre o secretário João Eloy de Menezes e o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Empresas Privadas de Sergipe (Sindivigilante), Reginaldo Gonçalves da Silva. O encontro aconteceu para discutir estratégias que ajudem a combater os casos de roubos de armas destes profissionais.
Ficou decidido que um termo de cooperação será formulado entre a SSP, o Sindivigilante e as empresas de segurança privada. As discussões sobre este termo acontecerão no começo do ano que vem, a partir de um ofício a ser encaminhado pelo Sindivigilante, mas o objetivo já definido é permitir que as capacitações dos vigilantes sejam feitas por meio do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), ligado à Polícia Militar, e da Academia de Polícia Civil (Acadepol), cujas estruturas e instrutores seriam aproveitados. Estes cursos deverão contemplar todos os 7 mil profissionais de segurança privada existentes hoje no estado.
Siga o SE Notícias no Twitter e curta no Facebook
Segundo o secretário João Eloy, a ideia é de que os vigilantes, sindicalizados ou não, passem por sessões de formação junto a formadores das próprias polícias, criando um protocolo de atividades nas áreas de segurança pública e privada. “Nós pretendemos que o CFAP e a própria Acadepol possam ser um sorvedouro desses profissionais de segurança privada, para que eles passem por atividades de reciclagem e palestras sobre como se portar em situações de risco, como eles podem colaborar com a polícia no sentido de ‘ficar ligado’ em uma situação que venha a ocorrer no local de trabalho deles. Essa troca de informações é interessantíssima”, disse o secretário.
O sindicalista Reginaldo Gonçalves considerou a reunião importante para aproximar a categoria da polícia e afirmou que os casos de roubos de armas de vigilantes foram altos neste ano. Ele pediu uma maior efetividade da polícia na prevenção dos crimes e um maior entendimento entre trabalhadores, empresas de vigilância e clientes destas empresas. “O conhecimento que a polícia tem nessa área é muito importante, porque ela é o espelho da gente. Podemos dizer que nós somos os ‘assessores da polícia’ e nós queremos aproximar mais esse auxílio que o vigilante sempre presta à polícia”, afirmou Reginaldo.
O secretário-adjunto da SSP, João Batista Santos Júnior, que também participou da reunião, assegurou que a polícia sergipana vai ajudar de forma mais incisiva no policiamento preventivo e na investigação dos casos que envolvam vigilantes, mas em contra partida, a formação da categoria é importante para que os profissionais sejam mais preparados para a função, considerada de alta periculosidade. “Hoje, até por conta do recrudescimento das apreensões de armas de fogo que a polícia vem fazendo, a bandidagem está com dificuldade de ter acesso a essas armas, e eles buscam, muitas vezes, tomar as armas dos vigilantes, por conta inclusive do despreparo de alguns deles. Deve existir uma troca: a polícia tem que melhorar o policiamento, mas a formação desses vigilantes tem que ser mais bem feita, para que ele diminua e dificulte ao máximo a possibilidade de ter suas armas roubadas”, destacou Batista.
A reunião também teve a participação do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Maurício Iunes, e do deputado estadual Capitão Samuel Barreto.
Da Assessoria de Imprensa da SSP/SE