O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) utilizou a tribuna do Senado na noite da terça-feira, 3, para destacar o nome do governador de Sergipe, Marcelo Déda, que faleceu na última segunda-feira, 2, em São Paulo, vitima de um câncer gastrointestinal. “Sergipe despediu-se de um dos mais eminentes filhos da sua história contemporânea. Deixou um legado político e humano inegável”, destacou.
Ao falar da trajetória de Déda, o senador enfatizou a participação de movimentos estudantis ainda na década de 1970, antes de entrar para a faculdade de Direito. “Seu interesse pelas causas esquerdistas atraiu a atenção da militância política à época”, relatou Amorim ao destacar também que em 1979, ajudou na fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). “Seu prestígio e força política o elegeram deputado estadual, federal, prefeito de Aracaju por seis anos e governador de Sergipe por sete”.
Eduardo Amorim falou da relação política que teve com Déda e da sua admiração pelo homem público. “Na última campanha estivemos juntos no mesmo palanque e, embora nosso grupo político tenha passado a fazer oposição, jamais deixamos de reconhecer seu valor e idoneidade como político e cidadão. O respeito nunca deixou de existir, mesmo na discordância”, lembra Amorim.
Segundo o senador, “são as discordâncias, obviamente respeitosas, que o diálogo pode ser ampliado, as ideias discutidas e os ideais alinhados”. Para ele, com a morte de Marcelo Déda, a política sergipana e brasileira perdeu um de seus nomes mais emblemáticos. “Foi um batalhador, herói da luta pela democracia. Foi um exemplo de homem, de pai e uma referência de político para a nova geração, para Sergipe e para o Brasil”, disse.
Defensor nato da implantação do Hospital do Câncer em Sergipe, Amorim sugeriu que a Unidade, ao ser inaugurada, leve o nome do governador. “Vamos sugerir que a Unidade adote o nome de Hospital Oncológico Governador Marcelo Déda Chagas”, informou Amorim.
Amorim destacou o último discurso de Déda, realizado em maio deste ano, quando o governador lembrou que “a política era sua grande vocação e que era do que vivia”. Marcelo Déda deixa cinco filhos e a mulher Eliane Aquino. Seu corpo foi velado durante toda a noite da segunda e madrugada da terça no Palácio Museu Olímpio Campos e cremado, ainda na terça, em Salvador.
Assessoria de Imprensa