Fredson Navarro e Marina Fontenele, do G1 SE
Na noite desta segunda-feira (2) no Palácio Olímpio Campos, em Aracaju. Déda morreu às 4h45 em São Paulo em decorrência a um câncer.
A missa foi realizada pelo arcebispo de Aracaju Dom Palmeira Lesse e contou apenas com a presença da família e amigos mais próximos, em seguida o velório foi aberto para visitação dos sergipanos.
A assessoria de comunicação do Governo de Sergipe disse que durante a missa, Lula fez um discurso, se disse orgulhoso com a trajetória construída pelo companheiro e foi aplaudido. “Você não nos deve nada, Dedinha. Nós lhe seremos eternamente gratos”.
Após a cerimônia, Lula conversou com os jornalistas.
“Acompanhei a carreira de Déda desde o início, além de militantes do PT fomos amigos e compadres. Ele morreu muito novo, tudo aconteceu muito rápido na vida dele. Meu sonho era vê-lo no Senado. Ele poderia ser o tribuno que está faltando lá e se destacar como um senador extraordinário que o Brasil precisa. Ele vivia pela política 24h por dia e sofria com os problemas da comunidade e dos amigos. Estou triste com a partida precoce dele, mas temos que guardar em nossas memórias ele bem e feliz”, afirmou.
Sobre a doença enfrentada por Déda, Lula disse acompanhou todo o sofrimento do compadre e sempre fez questão de fazer constantes visitas para incentivá-lo a lutar pela vida. “Ele sofreu muito e ficava muito triste cada vez que passava por uma sessão de quimioterapia e o medicamento não funcionada. Tinha dia que ele estava se entregando e dizia ser o fim, mas eu estava sempre por perto dando força e colocando ele pra cima incentivando ele a lutar pela vida e nunca desistir”, recorda.
A presidente Dilma Rousseff não se pronunciou e retornou a Brasília no fim da noite. Lula também retornou a São Paulo. “Queria ficar mais um pouco, mas a Marisa está me esperando”, afirmou.