Por Cássia Santana do Portal Infonet
A Defensoria Pública continua fazendo levantamento da situação das famílias que foram alvo da ação de despejo ocorrida com tumulto na quarta-feira, 20, no povoado Aguada, em Carmópolis. O defensor Alfredo Nikolaus permanece fazendo levantamento das condições das famílias que foram despejadas no núcleo habitacional para cobrar medidas da prefeitura no sentido de amparar os sem teto com alternativas que possam garantir o direito à moradia.
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Liderança do Movimento Terra Livre sendo detido.
(Foto: Cássia Santana/Infonet)
O advogado Igor Frederico, que atua no processo em defesa das famílias, informou que a prefeitura não se preocupou com a questão social. “A prefeitura se preocupou apenas com a opressão, com o aparato policial para retirar o povo, mas não se preocupou com o destino das famílias”, considerou. “Vamos cobrar da prefeitura cumprimento aos tratados internacionais”, observou, destacando que a prefeitura, antes de realizar a operação para fazer o despejo deveria ter assegurado local para alojar as famílias.
A Prefeitura de Carmópolis informou, por meio da assessoria de imprensa, que está realizando vistoria para avaliar as condições de habitabilidade dos 450 imóveis alvo da ação de reintegração de posse no povoado Aguada. De acordo com informações da assessoria de imprensa da prefeitura, os trabalhos estão sendo executados pela Secretaria Municipal de Obras e a entrega dos imóveis às famílias selecionadas pelo programa social de habitação do município dependerá das condições das instalações físicas de cada casa.
Nesta quinta-feira, 21, equipes da prefeitura permanecem no núcleo habitacional removendo os móveis e fazendo o deslocamento das últimas famílias despejadas em tumultuada ação montada pela Polícia Militar para cumprir a determinação judicial pela desocupação dos imóveis invadidos pelas famílias não contempladas.
A assessoria de imprensa garante que a prefeitura já está fazendo levantamento para identificar as famílias que realmente são residentes do município, que não possuem imóveis e têm perfil de acordo com os critérios estabelecidos pelo decreto municipal que cria o Bolsa Aluguel. Obedecendo a estes critérios, todas as famílias serão contempladas com o benefício e inclusas no programa social de moradia para serem contempladas com imóveis em futuros núcleos habitacionais que serão construídos, segundo a assessoria.
