Gazeta Esportiva, em Curitiba (PR)
Bastava o São Paulo conseguir o 11º jogo seguido sem derrota para o Cruzeiro ser campeão brasileiro neste domingo. Mas o Atlético-PR mostrou sua força expondo, mais uma vez, as fragilidades defensivas do Tricolor. O estilo rápido do finalista da Copa do Brasil resultou em vitória por 3 a 0 que mantém os paranaenses sonhando com o título na liga nacional.
O Furacão construiu sua vitória aproveitando o espaço e a fraca marcação dos comandados de Muricy Ramalho. Assim, Marcelo, aos 12, e Luiz Alberto, aos 26, balançaram as redes no primeiro tempo, enquanto Ederson reforçou sua condição de artilheiro da competição ao marcar seu 17º gol, aos 12 minutos da etapa final.
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Os curitibanos atingiram 58 pontos e, para continuar almejando ser mais do que vice-campeão brasileiro, precisa torcer para que o Cruzeiro não vença mais nenhum jogo. Às 21 horas (de Brasília) de quarta-feira, o time de Vagner Mancini visita o Criciúma. Já o São Paulo, firme no meio da tabela e pensando cada vez mais no bicampeonato da Sul-americana, volta a jogar pelo Brasileiro também na quarta-feira, recebendo o Flamengo às 21h50 em Itu, cumprindo punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
O jogo – Para enfrentar o time de segunda melhor campanha no Brasileiro, Muricy Ramalho resolveu fazer o que os técnicos chamam de “espelho”: armou o São Paulo taticamente de forma bastante similar à do Atlético-PR, em um 4-4-2 com um meia pensador e outro que se movimenta e atacantes que se movimentam constantemente.
Na comparação dos times, a maior diferença estava na postura do lateral esquerdo. Enquanto Juninho se limitava a marcar, Reinaldo era uma das principais forças ofensivas paulistas, tanto que, nos primeiros minutos, deu bastante trabalho ao Furacão. Mas a cobertura em suas costas, sob responsabilidade de Denilson, era frágil, o que se tornou decisivo na partida.
As deficiências defensivas do clube do Morumbi ficaram ainda mais expostas pelo estilo de jogo rápido dos curitibanos. Paulo Miranda e Denilson não sabiam como parar a movimentação de Everton e Ederson, e Marcelo desfilava como queria na grande área, já que Antônio Carlos e Rodrigo Caio o procuravam à toa.
Aos cinco minutos, o panorama ficou claro quando Marcelo, na direita, ajeitou para Everton rolar e Ederson, desmarcado, isolar a bola. Aos 12, aconteceu o que era questão de tempo: o gol atleticano. Ederson cruzou da esquerda para Marcelo, sem ninguém próximo dele, dominar no peito e soltar a bomba. Rogério Ceni nem pulou, só mexendo o braço quando a bola já balançava as suas redes.
Cruzeiro vence Grêmio, mas Furacão adia festa do tricampeonato
O cenário ideal para o Cruzeiro ser campeão brasileiro estava pronto no Mineirão lotado, mas a festa da Raposa terá de esperar um pouco mais. Dentro de campo, os celestes fizeram o dever de casa e venceram o Grêmio por 3 a 0, gols de Borges, Willian e Ricardo Goulart, mas o título foi apenas adiado, já que o Atlético-PR venceu o São Paulo e matematicamente ainda pode ultrapassar os mineiros, o que na prática é quase impossível.