por Joedson Telles, Universo Político
O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT/SE), Rubens Marques, o professor Dudu, afirmou ser favorável à possibilidade de a Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF) ser recriada. “Eu sou a favor da CPMF. Nunca neguei. É o imposto mais democrático, e todo mundo sabe que o que fez cair a CPMF não foi o fato dele tirar o dinheiro do bolso do correntista. É porque a CPMF era o instrumento de checar a renda daqueles que movimentam conta em banco”, explicou.
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Segundo ele, quando o Imposto de Renda fazia o cruzamento de dados com os bancos percebia que tinha muito fraudador. “Em nome da fraude caiu a CPMF, uma coisa absurda. Grande parte da população sequer tem conta em banco, mas foi induzida a ser contra a CPMF. Se tirou R$ 40 bilhões da Saúde e quem votou contra a CPMF nunca usou um hospital público. Uma coisa absurda que a população consentiu”, disse.
O professor Dudu, todavia, admite ser preciso fiscalização e muito cuidado com os recursos oriundos do imposto, caso a ideia seja mesmo tirada do papel. “Tem que chegar na fonte, porque o grande problema de você pagar imposto e ficar chateado é porque não chega no local, é desviado antes. Você vê os problemas de desvio todo dia. A CPMF é mais um imposto, mas é um imposto que atuava em duas frentes. Uma porque ajudava a saúde e outra porque combatia a sonegação”, diz.
A CPMF teve a sua proposta de prorrogação até o ano de 2011 rejeitada no Senado Federal, no dia 13 de dezembro de 2007. Foram 45 votos favoráveis, 34 contra e nenhuma abstenção. A vigência do imposto criada para ajudar a saúde terminou no dia 31 do mesmo dezembro.
Da redação Universo Político.com