Dando continuidade às atividades da semana de lutas “Outubro Negro: Rumo à Tarifa Zero”, o Movimento Não Pago vai realizar mais um ato público na manhã desta quarta-feira, no terminal Maracaju.
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O objetivo das atividades é debater com a população da Grande Aracaju as problemáticas do transporte público da cidade, denunciando os inúmeros crimes, fraudes e irregularidades cometidas pelas empresas de ônibus, com a conivência do poder público municipal e estadual.
O Não Pago também pretende discutir junto à população soluções para que o transporte coletivo, que é um serviço público essencial, atenda aos reais interesses da população, e deixe de ser tratado como uma mercadoria, que só visa atender aos lucros dos grandes empresários.
Um ponto inicial exigir é a criação de um conselho popular, constituído por moradores da Grande Aracaju e trabalhadores rodoviários, para gerir e fiscalizar o sistema de transporte. Afinal, o transporte deve ser gerido por quem o utiliza, e não por quem o explora.
Além disso, o transporte coletivo deve ser entendido como um direito essencial, pois é através dele que a população pobre tem acesso à todos os demais direitos, saúde, educação, cultura e lazer. Portanto, defendemos o fim da cobrança de tarifa (Tarifa Zero), e a criação de um fundo municipal para custeio do transporte coletivo. Esse fundo deve ser garantido com o aumento de impostos municipais sobre as grandes empresas e os bancos da nossa cidade, sem aumentar em nenhum centavo o custo para a população e à classe trabalhadora.
Por fim, vemos a necessidade da criação de uma empresa pública de ônibus, gerida pela população e pelos trabalhadores, para que gradualmente assuma todas as linhas e retire de vez essas empresas que há décadas exploram o transporte público em nossa cidade. Com uma empresa pública não precisaremos pagar os lucros exorbitantes nem as fraudes das empresas de ônibus, o que reduzirá bastante o custo do transporte. Além disso, com uma empresa pública gerida pela população, terá fim a humilhação e a exploração dos usuários e trabalhadores rodoviários.
Informações do Jornal da Cidade