Por Joedson Telles/joedsontelles.com.br
No próximo dia 23, uma segunda-feira, às 10h20, acontece a primeira audiência da ação criminal que o jornalista Jozailto Lima move contra o ex-prefeito de Capela, Manoel Messias dos Santos, o Sukita. No Juizado Especial Criminal de Aracaju, com o juiz Haroldo Luiz Rigo da Silva, político e comunicador começam a jogar luz sobre os fatos. Mas há ainda uma ação cível. Jozailto quer uma indenização de R$ 1,5 milhão.
Sentar no banco dos réus, entretanto, não deve mais provocar aquele friozinho na barriga do polêmico ex-prefeito, que, vez por outra, se mete em problemas que desembarcam no Poder Judiciário. Pegando o caso Jozailto como base, encontramos um Sukita usando uma emissora de rádio para atacar a honra, à moral e à dignidade alheia sob o argumento de se defender de uma matéria publicada no Cinform, cujo diretor de jornalismo é Jozailto.
O jornal mostrou que, depois da eleição de 2012, quando apresentou uma sucessora, mas acabou derrotado nas urnas por Ezequiel Leite, Sukita teria afrontado a lei e sacado cerca de R$ 1,4 milhão das contas da Prefeitura de Capela. Como a matéria ganhou a repercussão jornalística esperada em outros veículos de comunicação, acuado, Sukita trocou o Poder Judiciário, onde poderia questionar a matéria, por elogiar o jornalista com doces palavras como pistoleiro, moleque, bandido, vendido… Achando pouco, ainda tentou persuadir os ouvintes que alguns salários do jornalista no Cinform só foram pagos porque ele, Sukita, é um homem bonzinho.
Evidente que ninguém, ao menos em se tratando de uma pessoa séria, não vibraria com o fato de ser desmoralizado numa emissora de rádio porque, posteriormente, teria a oportunidade de receber uma grana por isso. Não há dinheiro que pague a hora de uma pessoa idônea. Todavia acho que à medida que a Justiça oferece este caminho às pessoas que se sentem ofendidas, não deveria ser outra a escolha de Jozailto. O silêncio atestaria as palavras de Sukita e usar a mesma tática de baixar o nível numa emissora de rádio dispensa comentários.
A sentença de um magistrado, e só ela, tem como minimizar o dano. A credibilidade do Judiciário frente à sociedade pesa em momentos como este. Embora não soe novidade que ninguém com o mínimo de seriedade, decência, ética e, sobretudo, amor próprio gostaria de passar pelo que Jozailto e, evidente, sua família passaram para, posteriormente, botar a mão numa grana. Seria de uma pequenez inimaginável. O caráter impoluto não tem preço.