Na Semana da Independência do Brasil o senador Eduardo Amorim (PSC-SE) fez pronunciamento em Plenário abordando os entraves enfrentados pelo país ao longo dos anos após sua “independência”. Segundo ele, após 191 anos a nação é refém das dívidas interna e externa e convive com desigualdades sociais, no tocante a educação, a saúde, a segurança pública, ao acesso à justiça e principalmente a uma das maiores cargas tributárias do planeta.
“Entre os 30 países com maior carga tributária do mundo, o Brasil é o que oferece o menor retorno em serviços públicos de qualidade à população”, disse ao detalhar pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. “Esta é a quarta vez seguida que o país aparece no último lugar no ranking, que relaciona volume de impostos à qualidade de vida”.
Ao questionar sobre a verdadeira “Independência do Brasil” o parlamentar sergipano lembrou a dívida pública. “O pagamento dessa dívida consome, a cada ano, cerca da metade do orçamento federal”, explicou Amorim. Ele resaltou, ainda, que o serviço da dívida consumiu quase 44% dos recursos em 2012. “A transferência para os 26 estados e o Distrito Federal e os mais de 5.500 municípios ficou reduzida a 10,21% dos recursos do Orçamento da União em 2012”, disse.
“Como pode ser independente um país que tem o seu povo refém do descaso com os serviços públicos essenciais?”, indaga o senador. Ainda clamando por independência, o senador lembrou a falta de acesso à justiça. “Apenas 28% das comarcas brasileiras são atendidas pela Defensoria Pública, em Sergipe apenas 21,6%. Apenas oito entre os 75 municípios sergipanos contam com serviços da Defensoria”, informou Amorim.
IDH
Sobre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro o senador mostrou que apesar de ter melhorado, o país mantém-se na octogésima quinta posição. “Estamos atrás de quatro países da América do Sul – Chile, Argentina, Uruguai e Peru”. Para Eduardo Amorim as mazelas não nascem por si só, mas são frutos de incompetência administrativa de vários anos de governos que não conseguiram desenvolver a contento o seu papel de promoção da tão sonhada desigualdade social desta nação.
“Não podemos esquecer jamais que a finalidade prioritária de um governante é justamente a de trabalhar de forma incansável para que sete de setembro seja, enfim, uma realidade na vida de todo cidadão brasileiro”, afirmou Amorim.
Da Assessoria de Imprensa