Marina Fontenele, do G1 SE
Dezenas de taxistas de Aracaju, em Sergipe, participaram de protesto em frente à Câmara de Vereadores na manhã desta quarta-feira (4). Eles pedem que os parlamentares aumentem o valor da multa para quem desempenha a atividade de taxista de forma clandestina e para táxis-lotação que descumprem as normas que regem a atividade.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Taxistas de Aracaju, Gerson Ferreira da Silva, até os táxis-lotação estão trabalhando como táxis-bandeira quando descumprem a rota pré-estabelecida pela Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT).
“Está ficando cada vez mais impossível trabalhar como taxista na capital. A ilegalidade e a clandestinidade estão dominando o nosso campo de trabalho. Pessoas do interior e principalmente dos municípios da Barra dos Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro quase nunca pegam táxi regular diante da tamanha oferta”, explica Ferreira.
O custo do transporte regular de passageiros chega a pelo menos R$ 350 por ano só de licenciamento, taxas diversas e aferição do taxímetro. Sergipe tem mais de 2 mil taxistas cadastrados, 1,5 mil motoristas auxiliares e estimativa de mais mil clandestinos.
“A gente não pode nem questionar os erros que os motoristas irregulares cometem porque muitos deles andam até armados e o pior é que a SMTT fecha os olhos para isso”, afirma um taxista que prefere não ser identificado.
Fiscalização
Segundo a assessoria de comunicação SMTT, a fiscalização desses tipos de infração acontece diariamente e reflete no quantitativo de multas administrativas e apreensões dos veículos clandestinos usados para transporte comercial de passageiros. Nos oito primeiros meses deste na foram 180 notificações, 34 delas somente no mês de agosto. A multa neste caso é de R$ 324.
“A SMTT tem conhecimento dos locais onde os clandestinos atuam, mas é preciso ter um flagrante da irregularidade. A população é uma importante ferramenta para o combate dessa e de outras infrações, para isso, é necessário ligar para o telefone 118 e passar as informações”, afirma Flávio Vasconcelos, da PRF.