Por Valter Lima, do Brasil 247
Os servidores da administração geral aguardam até o dia 31 de agosto para que o governo do Estado implante a comissão que irá discutir o plano de carreira da categoria. Eles também pleiteiam o reajuste salarial. Caso não haja sinalização da administração neste sentido, será deflagrada nova greve.
“Hoje 10 mil servidores de nível técnico recebem menos do que um salário mínimo. Não é possível que o governo pague pouco mais de R$ 500,00 e venha alegar limite prudencial. Entre todas as categorias profissionais que atuam no executivo estadual, somos a mais prejudicada e não concordamos com o reajuste concedido a outros setores”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos de Sergipe (Sintrase), Waldir Rodrigues.
“Jackson Barreto prometeu ao sindicato que a negociação sobre a possibilidade de implantação do PCCR será retomada até final de agosto, mas até agora não houve nenhuma aproximação com o sindicato. Por isso já agendamos para a próxima quarta-feira, 21 de agosto, uma mobilização na Assembleia Legislativa. Queremos acompanhar toda a tramitação do projeto sobre reajuste salarial que está chegando a Casa”, diz.
No primeiro semestre deste ano, a categoria deflagrou uma greve que só terminou diante do compromisso público do governo de fazer os ajustes necessários na máquina administrativa como forma de descompatibilizar custos para implantar o plano de carreira e valorização salarial dos servidores.
Sobre a importância da implantação do plano, Waldir Rodrigues enfatiza que não adianta discutir reajuste linear se a base salarial da categoria é de um salário mínimo e que a única solução viável é a implantação de um projeto que determine o salário, função e carreira dentro da administração pública.
A posição do governo é esperar o resultado do quadrimestre, que é fechado no mês de agosto, para só então retomar a discussão sobre o plano dos servidores. Outra garantia dada por Jackson Barreto é que os servidores da administração geral serão a primeira categoria a ser convocada para a mesa de negociação após o fechamento do período sugerido para uma nova conversa.