Uma denúncia anônima levou policiais do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) a prender quatro pessoas em frente ao Presídio de Areia Branca por volta das 10h30 da manhã desta sexta-feira, 9. Os ex-presidiários Carlos Henrique Almeida Costa, 28 anos, Carlos Henrique Oliveira Teles Júnior, 26, e Adenilson Santos da Silva, 30, foram presos juntamente com Clebson dos Santos Santana, 27, no momento em que ele deixava o presídio beneficiado pelo indulto do dia dos pais.
De acordo com o diretor do Cope, delegado Flávio Albuquerque, os três que aguardavam Clebson estavam com duas pistolas carregadas e um revólver calibre 38, que Adenilson entregou a Clebson assim que o presidiário deixou a unidade. Os criminosos foram monitorados por algumas horas e quando estavam todos dentro do veículo Fiat Strada, cabine dupla, placa OHG-3960, receberam voz de prisão.
Conforme a denúncia, a quadrilha receberia um carregamento de droga na noite desta sexta-feira, mas eles não teriam como pagar pela mercadoria. Ainda, segundo o denunciante, os criminosos fariam alguns assaltos na capital e em cidades do interior para levantar o dinheiro para pagar o fornecedor da droga. No entanto, como o plano não prosperou, deverão responder pelos crimes de formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo.
Albuquerque enfatizou que à medida que o inquérito avance podem aparecer novos delitos praticados pelo bando. No final da tarde, enquanto o delegado apresentava o caso à imprensa, policiais civis em diligências apreenderam uma pistola ponto 40 na casa de Clebson, situada na avenida Euclides Figueiredo, bairro Santos Dumont, zona norte de Aracaju. A polícia investiga também se um assalto ocorrido no bairro Siqueira Campos foi praticado por esta quadrilha.
Em depoimento, eles negaram a intenção de realizar assaltos para levantar fundos para pagar um carregamento de drogas. Sobre as armas, disseram que elas eram necessárias para garantir a segurança de Clebson, já que ele tem inimigos que o ameaçaram de morte. Por sua vez, a polícia afirma que esta versão é fantasiosa e que não convence.
Indulto
Flávio disse que a lei que prevê a saída temporária deve ser revista pelo Congresso Nacional e que os presos condenados deveriam cumprir sua pena integralmente. “Clebson estava preso há dois anos e não ficou sequer 30 minutos fora da cadeia sem cometer um novo crime. Ele inclusive teve a cara de pau de dizer que a família estava lhe aguardando e que seria injusta sua prisão”, frisou.
Da Assessoria de Comunicação da SSP/SE