Os comunicadores sergipanos fecharam na manhã desta sexta-feira, 26, a sede do Jornal da Cidade. Desde as 5h30 que jornalistas e radialistas estão na porta da empresa, dialogando com os funcionários do jornal para que no dia de hoje não exerçam suas atividades laborais.
Os dois sindicatos avaliam como um dia histórico na luta dos trabalhadores da comunicação em Sergipe, afinal ninguém entrou no Jornal da Cidade para trabalhar. Os trabalhadores estão compreendendo que a ação é necessária na luta pela valorização do comunicador sergipano.
A assembléia do dia 23 de julho deliberou a realização do ato público em frente a uma grande empresa de comunicação em Aracaju. O Jornal da Cidade foi decidido em sorteio realizado na sede do Sindicato dos Radialistas às 5h desta sexta. Havia possibilidade de ser qualquer empresa de comunicação, afinal nenhum dos patrões avança na negociação e, pelo sorteio, a primeira a receber o ato dos comunicadores foi o Jornal da Cidade.
“Na assembléia já tínhamos avisado que tomaríamos atitudes mais contundentes. Os comunicadores não aguentam mais a falta de vontade dos patrões em avançar nas negociações”, disse a presidenta do Sindicato dos Jornalistas de Sergipe, Caroline Santos.
Durante o ato os comunicadores estão tendo o apoio da Central Única dos Trabalhadores – CUT, da CTB – Central dos Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil, do Sindicato dos Gráficos, do Movimento dos Sem Casa, do Movimento Não Pago, do SINTESE. A recepção de quem passa em frente ao jornal e vê o nosso ato é muito positiva.
Também esteve no ato prestando solidariedade aos jornalistas e radialistas, os sargentos Edgard e Vieira da Associação dos Militares de Sergipe, a deputada estadual Ana Lúcia, dos vereadores por Aracaju, Pastor Roberto Morais e Pastor Jony.
“Estamos aqui por culpa dos patrões da comunicação. Eles não querem avançar nas negociações, não apresentam propostas às nossas pautas e querem somente fazer a reposição das perdas inflacionárias, queremos negociar. Se não avançar, vamos continuar com as ações”, disse Fernando Cabral, presidente do Sindicato dos Radialistas.
Esse não será o último
Se a negociação não avançar os comunicadores sergipanos estão dispostos a realizar novos atos em frente a demais empresas nos próximos dias.
Por Caroline Rejane, do Sindijor