por GLOBOESPORTE.COM
Para os próximos jogos do Flamengo, Nixon colocou mais um ponto de interrogação na cabeça de Mano Menezes para a vaga de um barrado Carlos Eduardo. Se Adryan e Val foram as primeiras opções, o atacante de 21 anos também se credenciou ao posto. Na noite desta quarta-feira, no Estádio Coaracy da Mata, ele entrou no segundo tempo e foi o responsável pela vitória por 2 a 0 de um Flamengo pouco inspirado sobre um desfalcado ASA. A dez dias de seu aniversário, o jovem antecipou o presente, fez o dele e ainda deu passe para outro, marcado por Marcelo Moreno, deixando o time mais perto das oitavas de final da Copa do Brasil.
O Flamengo com Val e Adryan (e sem Carlos Eduardo e Gabriel – vetado com febre) não conseguiu ser ofensivo. Mesmo contra um adversário sem seis jogadores, entre eles Lúcio Maranhão – que não pôde jogar por já ter defendido o Vitória no torneio -, só conseguiu ameaçar nas bolas paradas. Mano corrigiu a escalação no segundo tempo, deu nova chance a Carlos Eduardo, mas quem mudou a cara do jogo foi Nixon.
– Pedi para ele entrar e fazer o que vem fazendo nos treinos, o que vem fazendo bem. Ele entrou no amistoso contra o São Paulo, mas não foi tão bem. É um jogador que tem força para jogar por dentro e aprofundar a jogada. Precisamos que todos cresçam, isso que deixa o técnico contente – disse no fim do jogo para a TV Globo.
Diferente das duas primeiras fases do torneio, o triunfo por dois gols de diferença fora de casa não elimina o jogo de volta. Assim, Flamengo e ASA se reencontram na próxima quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ). O Rubro-Negro poderá perder até por um gol que garantirá a vaga nas oitavas de final da competição. Antes disso, terá um importante compromisso pelo Brasileirão: fará o clássico contra o Vasco, às 18h30m de domingo, no Mané Garrincha (em Brasília). Um dia antes, o ASA visita o Ceará no Castelão, às 21h.
Elásticos, Felipe e Gilson evitam únicas chances de gol
A dúvida de Mano Menezes, entre Adryan ou Val, foi solucionada com um imprevisto: uma febre tirou Gabriel do jogo e colocou os dois em campo – um no lugar do barrado Carlos Eduardo. Só que as modificações não deram o efeito esperado pelo treinador. O volante não conseguiu dar sequência nas jogadas, e o meia perdeu as disputas corpo a corpo e cometeu faltas bobas no ataque, o que lhe rendeu até um cartão amarelo. Isso, somado às muitas paralisações para atendimento médico de ambos os lados, fez o Flamengo encontrar demasiada dificuldade contra um ASA que jogava no erro do adversário.
E foi justamente no erro que a equipe alagoana quase abriu o placar. Sem sequer precisar finalizar. Chiquinho cruzou na área, e João Paulo desviou sem querer com o peito contra o próprio patrimônio. Sorte dele que Felipe se esticou todo no contrapé e conseguiu evitar a lambança. O Rubro-Negro só levou perigo na bola parada. Mas o goleiro Gilson, até então um mero espectador no primeiro tempo, mostrou elasticidade e foi buscar no ângulo um desvio de cabeça de González, após cobrança de falta de João Paulo.
Nixon entra e muda o jogo: gol e assistência
Com o mesmo panorama da primeira etapa, o primeiro a mexer foi o Flamengo. Mano Menezes esperou os protocolares 15 minutos para sacar suas apostas Val e Adryan. Nixon e Carlos Eduardo entraram e, logo de cara, o primeiro virou garçom. Na bobeira de Osmar, que falhou ao proteger a bola para a saída do goleiro, o camisa 29 roubou e serviu para Moreno só escorar para o gol vazio. Inspirado, o atacante também deixou o dele. Na inversão de papéis, Moreno é que deu o passe, e o jovem de 21 anos bateu no cantinho para fazer 2 a 0.
As mexidas do técnico Ricardo Silva não surtiram o mesmo efeito. À base do chuveirinho, o time até deu trabalho à zaga rubro-negra, mas nem o atacante Tallyson e os meias Gilsinho e Valdívia conseguiram levar o desfalcado ASA à reação. A última alteração do Fla foi por necessidade: com dores, Léo Moura deixou o jogo de maca, ovacionado pela torcida. O volante Diego Silva entrou e só ajudou a administrar o resultado.