O deputado estadual Gilson Andrade (PTC), na qualidade de presidente da Comissão de Saúde, Higiene, Assistência e Previdência Social da Assembléia Legislativa de Sergipe, esteve visitando hoje (23), na companhia dos seus colegas Capitão Samuel e Augusto Bezerra as dependências da Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), quando conheceram de perto a real situação daquele setor.
Os parlamentares foram recebidos pela superintendente do HUSE, a médica Madeleine Ramos dos Santos, o também médico Carlos Anselmo, coordenador do setor de Oncologia, o coordenador administrativo do HUSE, Jardel Góis, além de equipe de profissionais que atuam naquela unidade de saúde, que estavam exatamente numa reunião discutindo as novas medidas a serem adotadas para enfrentar os problemas identificados e que estão comprometendo o funcionamento do setor.
O coordenador do setor, médico Carlos Anselmo, fez um breve relato da situação em que se encontra a Oncologia do HUSE hoje, falou do seu esforço e de sua equipe para com o atendimento aos pacientes que chegam em grande número diariamente para o pronto atendimento, seja no sentido de realizar exames, buscar medicação ou se submeterem a tratamentos quimioterápicos. Em seguida, ele passou a palavra à superintendente Madeleine Ramos.
Da superintendente, o deputado Gilson Andrade e os seus colegas de Assembléia ouviram relatos surpreendentes e que deixou a todos espantados e ao mesmo tempo satisfeitos, pois as versões apresentadas, em alguns casos, pela imprensa ou mesmo por pessoas ligados ao HUSE, não traduziam, na prática, a realidade dos fatos.
É o caso do aparelho para tratamento de quimioterapia, que eles tinham como não funcionando, mas constataram que ele estava servindo aos pacientes, assim como a chegada de um outro aparelho, do mesmo tipo, a ser instalado em breve para atender a grande demanda de pacientes portadores de câncer e que procuram aquela unidade de saúde.
Também ouviram depoimentos de médicos, como Gilberto Menezes, que já trabalham no setor há vários anos, e estão plenamente conscientes das suas responsabilidades assim como dos problemas hoje existentes, mas que acontecendo por questões de gestão administrativa. É ocaso, por exemplo, da falta de computador para registrar os pacientes, as ocorrências e o controle efetivo de tudo que acontece na Oncologia do HUSE.
Algumas constatações surpreenderam e deixaram os deputados espantados, não só em relação ao setor, mas ao HUSE de um modo geral. Exemplo: por conta de uma auditoria do Ministério das Saúde no setor, dos 27 itens avaliados pelos técnicos vindos de Brasília, 23 foram reprovados, ou seja, estavam fora do padrão. Em outras palavras, o setor de oncologia do HUSE trabalhava “na era da pedra lascada”, conforme expressão usada por um médico e referendada pela superintendente Madeleine Ramos.
Ficou claro também na visita uma mudança de postura e de comando no setor por conta de ações da superintendência que, conjuntamente com a equipe adotou medidas que estão, aos pouco, mudando o perfil de funcionamento do setor. “Se ainda hoje existem problemas, é porque eles se acumularam ao longo dos últimos anos e não se resolve tudo de uma hora para outra”, ressalta a superintendente.
Algumas críticas e colocações mais duras foram feitas contra ex-secretários e ex-coordenadoras de setor, mas sempre com intuito de esclarecer a situação e procurar a melhor alternativa para resolver os problemas. “Tudo o que existia antes foi destruído”, chegou a dizer um dos médicos. Falou-se até em “caixa preta da oncologia”, uma expressão que traduzia o clima vivido naquela unidade até a chegada da nova superintendente e a mudança no comando do setor.
Em resumo, o deputado Gilson Andrade e seus colegas chegaram à conclusão que o setor de oncologia do HUSE passa (ou estava passando) pelo mesmo mal que atinge boa parte da máquina administrativa do Estado: má gestão, pois não se trata da falta de recursos, mas de gerenciamento do dinheiro e sua boa aplicação.
Por falar em recursos, o deputado Augusto Bezerra fez questão de ressaltar alguns números que podem mudar o atual quadro da saúde em Sergipe, em especial relativo à compra de equipamentos para as unidades de saúde. O Proinveste contempla R$ 25 milhões apenas para atender a essa demanda. Já existem R$ outros 25 milhões para a construção do Hospital do Câncer.
A verdade é que os deputados Gilson Andrade, Capitão Samuel e Augusto Bezerra saíram satisfeitos do HUSE e até deixaram acordados que a superintendente Madeleine Ramos será convidada a estar presente na Assembléia Legislativa para fazer uma ampla explanação sobre toda a situação do setor de Oncologia assim como do próprio HUSE, ao qual ela responde a convite do secretário Silvio Santos.
Na Assembléia Legislativa, o deputado Gilson Andrade fez um relato breve da visita, considerou que ela foi extremamente positiva e que a vida da superintendente Madeleine Ramos aquela Casa será uma outra boa oportunidade para que a população em geral fique inteirada da real situação por que passa a Oncologia do HUSE e o setor de saúde em geral do nosso Estado.
Da Assessoria de Imprensa