Os professores da rede estadual abriram a programação do primeiro dia de greve nacional fazendo uma panfletagem no calçadão da Rua João Pessoa. O SINTESE dialogava com a população os motivos da greve nacional e também cobrava do governo que receba e negocie com os professores.
A direção do sindicato criticou o chamado núcleo de governança, capitaneado pelo secretário da Casa Civil, Silvio Santos. Desde que a doença do governador se agravou, as negociações, segundo foi anunciado, seriam feitas pelo tal núcleo, mas até agora nada. “A última vez que os professores foram recebidos pela Casa Civil foi no dia 11 de dezembro e desde então o governo tem desdenhado das nossas solicitações de audiência”, aponta a presidenta do SINTESE, Angela Maria de Melo.
O núcleo de governança não recebe o sindicato, nem tampouco o vice-governador está autorizado a negociar com os professores. Há dois anos os professores da rede estadual estão sem reajuste, somando os dois índices (2012 e 2013) os educadores perdem quase 30% de reajuste. “Somos a única categoria que temos que brigar todo ano para que uma lei seja cumprida”, disse o diretor de comunicação do SINTESE, Joel Almeida.
O quarto mês do ano já está findando e até agora nenhuma resposta do governo sobre o reajuste do piso salarial para 2013 e o passivo trabalhista gerado em 2012. “Os educadores têm outras pautas para discutir com o governo além do salário, mas como a questão da sobrevivência não é resolvida os demais pontos da pauta ficam secundarizados”, aponta o diretor do departamento de base estadual, Roberto Silva dos Santos.
O projeto “A Escola Democrática e Popular: A Educação que Queremos” está aí para ser debatido em todas as esferas da educação. Vários debates já foram realizados nas redes municipais e também em algumas escolas da rede estadual, mas até agora não houve interesse da Secretaria de Estado da Educação em debater o projeto sistematizado de forma coletiva pelos professores.
Greve Nacional
Os professores de Sergipe se juntam a greve nacional convocada pela Confederação dos Trabalhadores na luta pelo cumprimento da lei do piso, melhores condições de trabalho, 100% dos royalties do petróleo para a educação e 10% do PIB para a Educação.
Agenda de luta
Dia 24/04 – Quarta-Feira (Paralisação):
7h. Visitas às emissoras de rádio, jornal e televisão.
14h. Preparação para a Marcha Estadual
Dia 25/04 – Quinta-Feira (Paralisação) :
9h. Debate na Alese sobre a Semana Nacional em Defesa da Educação, com a Professora Angela Melo, Presidente do Sintese.
14h. Marcha Estadual em Defesa e Promoção da Educação