Por Bruno Almeida, do Portal Imprensa1
Jornalista prestou boletim de ocorrência na corregedoria de Polícia Civil (PC). (Foto: Imprensa1)
O repórter fotográfico Heribaldo Martins afirma que foi agredido por um policial civil lotado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no final da manhã de hoje, segunda-feira, 1º, quando exercia a sua profissão. O fato aconteceu quando o jornalista fazia a cobertura de um homicídio ocorrido no Bairro Santos Dumont, Zona Norte de Aracaju.
Heribaldo, que é deficiente físico, conta que foi impedido de trabalhar. “Estava conversando com outro policial e pegando informações sobre o fato e o cidadão já chegou gritando comigo”, disse. Segundo o jornalista, a ação foi rápida e não houve possibilidade de defesa. “Mesmo com o equipamento na mão, o policial não me deu tempo para falar que era jornalista e já chegou me dando empurrões e gritando”, afirmou.
Após revelar para o agente que era jornalista, as agressões continuaram. “Ele continuou me empurrado e gritando no meio de toda população que acompanhava o fato. Disse que se eu não calasse a boca iria me prender”, disse. Heribaldo conta que se sentiu ofendido com todo o ocorrido e lamenta o despreparo de homens que são pagos com o dinheiro do povo para fornecer segurança. “Tenho mais de 20 anos de profissão e nunca tinha acontecido isso comigo. Me sinto humilhado e constrangido”, desabafou.
Inconformado com a agressão, o jornalista esteve no final da tarde de hoje, na sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP) para fazer boletim de ocorrência na corregedoria de Polícia Civil (PC). “Espero que as autoridades possam tomar providências para que fatos como esse não se repitam. Ninguém pode ser agredido dessa forma, ainda mais um profissional que estava no local trabalhando”, lamentou.
Secretaria de Segurança Pública
Segundo informações da SSP, o policial já foi identificado e o fato já é de conhecimento da corregedora da PC, delegada Teonice Alexandre. De acordo com a secretaria, o policial será ouvido até a próxima quarta-feira, dia 3. Após o depoimento agressor, a corregedora vai decidir se abre inquérito policial para apurar os fatos. O policial também poderá sofrer punição por transgressão disciplinar, tendo em vista que a suposta agressão foi feita durante o exercício das funções como agente da Lei.
