O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) revelou em entrevista ao radialista e deputado estadual, Gilmar Carvalho, na manhã da quarta-feira, 30, que foi um grande erro denotar a não aprovação do Proinveste, em Sergipe, a sua pessoa e ao seu irmão Edivan Amorim. Para ele, a responsabilidade dos 13 deputados estaduais, contra a proposta inicial do empréstimo de R$ 727 milhões, teve um caráter correto e honesto, quando exigem o conhecimento dos projetos e como eles serão aplicados. “Não mudei meus convencimentos ou meus posicionamentos. Há muita injustiça e difamações construídas por alguém que já montou palanque para 2014”, afirmou Eduardo Amorim.
Durante a recepção da presidente Dilma Rousseff (PT) em Aracaju, o governador Marcelo Déda (PT), em uma atitude muito simples, comunicou que o senador Eduardo Amorim seria o interlocutor para uma saída palpável do Proinveste. “Essa foi a primeira vez que fui chamado para conversar e o governador mostrou sensibilidade para isso”, disse Amorim ao afirmar que teve a curiosidade para estudar os gastos públicos, não só de Sergipe, mas como do Brasil. “Um dos grandes problemas que observamos não é a falta de dinheiro, podemos dizer que é a má qualidade nos gastos públicos”, afirmou.
Detalhando em números, o senador mostrou que em 2008 o estado de Sergipe tinha uma dívida de R$ 829 milhões, referente ao segundo ano do Governo Marcelo Déda, e até 2012 foram realizados sucessivos empréstimos totalizando R$ 2,4 bilhões. “Uma evolução estúpida e crescente da nossa dívida. Sergipe em seus 192 anos, nunca esteve tão endividado”, informou Amorim ao continuar indagando “e todo esse endividamento pode ser percebido onde”.
“Sempre foi dado um cheque em branco. Os deputados, que têm o poder do voto, solicitaram e solicitam a coerência e principalmente o diálogo efetivo. O que a sociedade espera é um cheque nominal, com todas as obras detalhadas e com prioridade naquelas que forem estruturantes, e que estejam relacionadas em Projetos de Lei. Essa é a primeira vez que o Governo convidou a oposição para conversar e assim vamos esperar”, destacou Amorim.
O senador do PSC solicitou do coordenador da bancada de Sergipe, em Brasília, o senador Valadares (PSB) que comece a dar exemplos de diálogos e que estude os dados financeiros de Sergipe. “Senador, vamos reunir, semanalmente, nossa bancada para tratar de uma agenda positiva, dos projetos. Vamos juntos aos ministérios buscar liberações das emendas. Temos o exemplo do estado de Pernambuco, o qual seu governador é do seu partido, ele consegue liberar as emendas em sua totalidade. Aqui podíamos usar da nossa força política da mesma forma”, disse Amorim ao completar ainda “pela primeira vez fui chamado por Déda para irmos juntos ao Ministério da Saúde onde vamos detalhar o projeto do Hospital do Câncer. Esse é um bom começo”.
Proposta
“Entendemos que a proposta deve nominar os projetos, como por exemplo, onde e como será construído o novo Instituto Médico Legal de Sergipe? Como será a estrada que ligará o município de Itabaiana a Itaporanga? Queremos detalhamentos, para que os recursos não sejam destinados para outros fins”, colocou Amorim.
Assessoria de Imprensa