O Camarote da Acessibilidade propiciará um ambiente agradável e seguro aos foliões da capital, do interior do Estado e também aos turistas
Como uma festa democrática, que preza o respeito às diversidades, não poderia faltar no pré-caju 2013 a garantia do espaço destinado às pessoas com deficiência. Pensando nisso, os Conselhos Municipal (CMPD) e Estadual (CEDPcD) da Pessoa com Deficiência, em parceria com a Secretaria Estadual dos Direitos Humanos e da Cidadania (SEDHUC), disponibilizarão em mais uma edição , o Camarote da Acessibilidade, propiciando um ambiente agradável às pessoas com deficiência da capital, do interior do Estado e também aos turistas .
Com uma ótima localização no calçadão da 13 de Julho, o camarote oferece rampas de acesso, camisas personalizadas, banheiros adaptados, lanche, água e preservativos. Todos os cuidados estão sendo tomados para que os foliões tenham noites de alegria, conforto e segurança.Quem quiser ir ao Camarote da Acessibilidade, basta apresentar o documento de identidade e a carteira que o identifique como pessoa portadora de deficiência. Cláudio Brito é cadeirante e para ele, poder ir a festas como esta é importante para o exercício da cidadania.
Para o secretário de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania, Luiz Eduardo Oliva é preciso que as barreiras sejam quebradas, inclusive em momentos de folia. A acessibilidade é uma necessidade vital. É um requisito que atende a uma questão de caráter legal, de direito e humano. O Camarote da Acessibilidade é um instrumento fundamental de cidadania. O ideal é que em uma festa grandiosa como essa, todos os camarotes e todos os espaços fossem acessíveis. Mas as barreiras gradativamente estão sendo quebradas , avalia Luiz Eduardo Oliva.
Verônica Alves é mãe de Ronny Matheus Alves Matos, 11 anos, portador de deficiência. Para ela, poder levar seu filho ao pré-caju é emocionante. Acho muito bom ter a possibilidade de irmos ao Camarote da Acessibilidade. Meu filho se diverte, é bem assistido, brinca de forma segura. Meu filho adorou ano passado e esse ano ele está animado e já disse que vai novamente e eu vou levá-lo. É lindo ver a alegria deles estampadas não só no sorriso cm também no olhar , conta emocionada, a mamãe Verônica
DIREITO À CIDADANIA
As pessoas com deficiência não querem estar isoladas em casa, elas querem ocupar esses espaços, locais estes que são seus também, por direito. Somos cidadãos e queremos curtir, estarmos com nossas famílias em eventos como o pré-caju e sentimos a necessidade de socializar com todas as pessoas. São poucos Estados em que essa política é posta em prática , elogia.
A presidente do Conselho Municipal a Pessoa Portadora de Deficiência(CMPD), Gorette Medeiros destaca que cada noite do pré-caju, cerca de 250 pessoas participam da festa e curtem a festa, inclusive em blocos. É uma das poucas festas carnavalescas em que eles podem ir e vir. É muito importante esta interação para que a sociedade passe a enxergá-los como cidadãos possuidores dos mesmos direitos. O preconceito ainda é grande, mas são políticas de inclusão como esta que dissemina a mensagem de igualdade entre todos , explica Gorette.
Para a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CEDPcD), Jane Mare, é importante a luta para que todos os espaços públicos e privados possam disponibilizar o acesso às pessoas com deficiência. É um processo educativo. Você pega um contingente da sociedade que está presente em um contexto festivo e insere as pessoas com deficiência, consequentemente a sociedade passa a ter uma visão mais clara de que todas as pessoas têm o direito de estar presentes em todos os espaços com respeito às suas diversidades. Todos os camarotes e espaços deveriam possibilitar isso. , revela Jane Mare.
Maíra Ribeiro – Assessoria de imprensa