A página A 11, da edição de 4 de janeiro de 2013, do jornal o Estado de São Paulo, traz uma entrevista com o governador Marcelo Déda sobre o Fundo de Participação dos Estados (FPE). Com o título “Governos dizem que fim do fundo é ‘fim do mundo’, o repórter João Villaverde contextualiza que em 10 Estados, FPE representa mais da metade do orçamento anual.
Na entrevista, o governador de Sergipe, Marcelo Déda, afirma que o Estado “está à beira de um abismo fiscal”, pois o FPE representa mais da metade do orçamento anual. Repartidos anualmente pelo Governo Federal desde 1966, os recursos do fundo representam quase 70% do orçamento de seis Estados (Acre, Amapá, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins), e cerca de metade de outros quatro (Maranhão, Pará, Paraíba e Sergipe).
Ao transcorrer da matéria, o jornal paulista afirma que, ao todo, os quase R$ 50 bilhões repartidos todos os anos por meio do FPE servem aos Estados como fonte para investimentos, pagamentos de fornecedores e salários de funcionários. “Ficar sem o FPE é um baque sem conta. Estamos num caso de hemorragia. Hoje, Sergipe está à beira de um abismo fiscal”, disse o governador Marcelo Déda.
O governador ainda foi enfático ao afirmar que o dinheiro do FPE ajudaria na execução de obras de infraestrutura e qualificação de pessoal. “Ainda temos 13% da população com rendimento abaixo da linha da pobreza. Tenho muito o que fazer em obras de infraestrutura e qualificação de pessoal, e como é que vou fazer isso sem nem ter o FPE?”, perguntou Déda. Em 2012, até novembro, Sergipe recebeu R$1,85 bilhão do FPE.
Agência Sergipe de Notícias