Do G1 SE
Inquérito revela que esposa de homem que assumiu a culpa dirigia veículo.
Condutora não tinha carteira de habilitação.
Concluído o inquérito referente ao acidente que matou, há menos de 30 dias, uma mulher de 45 anos, na Avenida Beira Mar, zona sul de Aracaju. De acordo com a polícia quem estava dirigindo o veículo era a esposa do homem que assumiu a culpa no dia do ocorrido. A condutora não tinha carteira de habilitação.
“A condutora do veículo, naquele momento, é a senhora Luciene Mota de Figueiredo, que é esposa do seu Valmir Arthur, pessoa que inicialmente se apresentou como sendo condutor desse veículo. Está comprovado nos autos as circunstâncias de que dona Luciene, no momento do acidente, não era pessoa habilitada para dirigir veículo”, explica a delegada, Daniela Lima Barreto.
Caso
No dia 5 de dezembro de 2012 uma caminhonete subiu à calçada e atropelou a vítima que vinha pela calçada após uma caminha matinal. O veículo saiu da pista e atingiu a vítima na porta de um condomínio. Na ocasião o marido da suposta condutora assumiu a responsabilidade pelo atropelamento. “Eu vinha aqui, ele fechou, eu perdi o controle e bati ali”, admite Valmir Arthur.
No decorrer das investigações a delegada contou que três pessoas assumiu a condução do carro. “No dia seguinte à senhora Linda Aparecida, que é a cunhada de seu Valmir, se apresenta, mas adiante a própria dona Luciene confessa e espontaneamente ela se apresenta na delegacia. Os envolvidos foram indiciados por autoacusação”.
Para o caso de autoacusação falsa o código penal brasileiro prevê até dois anos de detenção. Já o código de trânsito estipula prisão de dois a quatro anos por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A pena pode ser aumentada se o condutor não possuir carteira de habilitação e caso o acidente tenha acontecido sobre a calçada, como nesse caso.