A equipe da 2ª Delegacia Metropolitana da Polícia Civil de Sergipe, sob coordenação dos delegados Fernando Melo e Marcelo Hercos, informou nesta terça-feira, 11, a prisão de cinco pessoas por peculato (furto cometido por funcionário de órgão público), receptação e formação de quadrilha de materiais hospitalares da Fundação Hospitalar de Sergipe (FHS).
De acordo com o delegado Fernando Melo três dos acusados deles faziam o desvio do material entre o almoxarifado e as unidades. O motorista terceirizado Renisson de Carvalho Santos e os funcionários temporários Jenilson Lopes dos Santos e Josuilson Jorge dos Santos, foram denunciados pelo furto de luvas, máscaras, seringas, entre outros equipamentos.”Eles foram flagrados descarregando caixas com esses materiais na residência de um ex-funcionário da FHS, Helber Pereira Mota.
Essa testemunha fotografou a cena e informou à Fundação, cuja direção nos procurou. Daí chegamos ao quinto acusado”,disse.
Ainda de acordo com Katarina Feitoza, superintendente da Polícia Civil, o quinto integrante da quadrilha identificado com, o comerciante Marcelo Santos Araújo que comprava de Helber Mota o material furtado da FHS e vendia a carga unidades de saúde, inclusive à própria Fundação Hospitalar, da qual era fornecedor há algum tempo.“Os acusados já atuavam comprovadamente dentro da fundação a cerca de 5 meses, mas as investigações vão apontar se a quadrilha vinha agindo a mais tempo”, afirmou.
“Quando assumimos, a missão foi de reestruturação e esse processo passa por todos os setores, inclusive na Logística. Então começamos a comparar o quantitativo comprado e consumido e percebemos algumas diferenças. Recebemos a denúncia e de imediato prestamos queixa e acionamos a polícia a quem agradecemos a agilidade”, relata Mário Ferreira, diretor administrativo e financeiro da Fundação Hospitalar de Saúde.
A FHs vai abrir inquérito administrativo e afastar de imediato os servidores suspeitos durante o período de investigação. Paralelo a isso, vai abrir sindicância e após conclusão dos inquéritos policiais e administrativos, promover uma ação de reparação material. “Vamos manter a vigilância nos fluxos para romper de vez com esse tipo de atitude ilícita que compromete a assistência”, explica Marcelo Vieira, diretor geral da Fundação Hospitalar de Saúde.
A FHS pretende agora averiguar como os produtos repassados pela quadrilha saiam da Fundação e em seguida retornavam. “A fundação faz a compra de produtos através de processo licitatório e com nota fiscal de empresas idóneas que são vencedoras no processo. O importante é que a polícia desarticulou a quadrilha e acabou com uma fraude que existia no seio da nossa instituição” observou Mário Ferreira.
Os cinco envolvidos vão responder pelos crimes receptação qualificada , peculato (por serem funcionários púbicos) e formação de quadrilha. Um sexto envolvido nos crime já foi identificado e poderá ser preso a qualquer momento.
SSP/SE