O contato rápido e eficiente entre o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) e equipes do Grupamento Tático de Motos (Getam), que faziam policiamento ostensivo na região do conjunto Augusto Franco, foi crucial para a prisão, em flagrante, de criminosos que assassinaram um comerciante na rua Maria Pastora no início da noite desta quinta-feira, 29.
Segundo o comandante do policiamento militar da capital (CPMC), coronel Jackson Nascimento, um adulto e um adolescente invadiram o estabelecimento comercial com duas armas de fogo e dispararam contra a vítima, Damião de Jesus Santos, 46 anos, que foi atingida por seis tiros, morrendo no local. Um outro adulto aguardava os comparsas a bordo de um Gol, cor branca, placa GTZ 29-33, para fuga.
“Após o crime, o Ciosp foi acionado e imediatamente passou a informação para policiais do Getam que faziam patrulhamento próximo. Com a ajuda de moradores e com a rapidez das motocicletas, foi possível em um espaço de cinco minutos localizar o trio que foi abordado e preso. As armas foram encontradas e apreendidas”, explicou Nascimento.
Os adultos foram identificados por Bruno Santos da Cruz, 19 anos, que já foi preso anteriormente na cidade de Frei Paulo por conta de crime de porte ilegal de arma de fogo; e Marcos Leandro Alves Araújo, 19 anos, proprietário do carro utilizada na prática delituosa. A dupla, juntamente com o menor, foram encaminhados para a Delegacia Plantonista e hoje pela manhã foram apresentados durante coletiva à imprensa.
Os depoimentos foram colhidos pelo delegado plantonista Marcos Garcia, que detalhou a participação de cada um no crime. “Inicialmente eles afirmaram que o crime foi motivado por uma dívida de R$ 200,00 que a vítima tinha com o menor por conta da venda de um aparelho de DVD. O menor afirmou que o comerciante disse que não tinha dinheiro e então resolveu disparar contra ele. O Bruno disse que assustado também disparou contra o comerciante. Já o Marcos permaneceu no veículo para dá fuga a dupla”, destacou o delegado.
Após os primeiros levantamentos, a Polícia Civil trabalha com duas hipóteses: crime de latrocínio, que praticamente está descartado já que não foi constatado ainda a subtração de nenhum objeto de valor ou dinheiro da vítima, ou homicídio. “Caso comprovemos que foi um homicídio o caso ficará com o DHPP. Surgindo novas informações ou testemunhas que indiquem que o crime foi um latrocínio, aí será investigado pela 4ª Delegacia Metropolitana”, informou Marcos Garcia.
O menor será encaminhado ainda na manhã de hoje para o Ministério Público, onde será apresentado ao promotor que decidirá pela sua internação ou liberação. Já os dois adultos serão levados para uma das unidades da Polícia Civil de Aracaju, onde ficarão à disposição do Poder Judiciário. Eles responderão por homicídio ou crime de latrocínio.
SSP/SE