A Secretaria da Segurança Pública (SSP) firmou um protocolo de ações junto aos taxistas com o objetivo de diminuir os casos de assaltos contra a categoria. Os gestores da SSP fizeram um apelo aos taxistas para registrar as queixas nas Delegacias da Capital e no interior, além de comunicar as ações criminosas de imediato ao Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp). Participaram da reunião cerca de 60 taxistas e diretores do Sindicato da categoria.
A reunião aconteceu na noite desta terça-feira (27), na sede do Sindicato dos Taxistas, na avenida Tancredo Neves. Os gestores da SSP explicaram que o Sindicato e a categoria servem como vetor para direcionar a ação da polícia no combate a essa modalidade criminosa, por conta disso é necessária a comunicação imediata à polícia sobre um assalto praticado, seja em Aracaju ou em cidades do interior.
Segundo o delegado João Batista, secretário adjunto da Segurança Pública, há áreas onde vêm acontecendo crimes de maneira continuada, mas a polícia não está sendo informada sobre esses crimes. “Isso dificulta o nosso trabalho. Lamentar uma incidência de crimes, sem comunicá-los fielmente à polícia, só vulnerabiliza mais a categoria. Portanto, a firmação desse pacto entre as duas partes é fundamental para que a SSP chegue às mesmas reduções que conseguiu com os assaltos a ônibus”, explicou João Batista.
A SSP lembrou que em 2009 foram registrados mais de 1 mil assaltos a ônibus, e em 2012 esse número é quase quatro vezes menor por conta de um pacto fechado entre o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp). “É isso que queremos fazer com os taxistas. Que eles cobrem, divulguem os dados, mas que acompanhem o procedimento, liguem para o Ciosp, façam o registro, pois isso é imprescindível para o nosso trabalho”, destacou a delegada Katarina Feitoza, superintendente da Polícia Civil.
As ligações remetidas para o Ciosp são comunicadas em tempo real em celulares e tablets, do secretário aos coordenadores das polícias Civil e Militar, o que possibilita que se crie uma rede de acompanhamento imediato para que a polícia aja rápido. “Claro que temos problemas no policiamento, sobretudo nos momentos de pico, mas caso isso aconteça [a ligação do taxista para o Ciosp] o tempo de resposta será muito maior, por isso é importante, assim que o crime acontece, ligar para o Ciosp, e logo depois fazer o registro em qualquer Delegacia Metropolitana ou do Interior para que a Polícia Civil acompanhe e investigue os casos”, explicou o coronel Jackson Nascimento.
A SSP, através do diretor do Ciosp, coronel Salvador Braulino Sobrinho, também sugeriu uma série de mecanismos que deverão ser utilizados pelos taxistas para alertar, através de sinais, as equipes da polícia que estarão em blitze ou realizando o patrulhamento motorizado. A reunião desta terça foi a continuação de uma outra realizada na sede da SSP, no último dia 20. Participaram da reunião de ontem também o deputado estadual Gilmar Carvalho e o vereador por Aracaju Jailton Santana.
Investigação – A delegada Katarina Feitoza explicou as investigações para prender os homens que mataram o taxista Manoel Nilton de Souza Messias, 56 anos. O principal acusado é Jean Carlos Santos de Oliveira, 33 anos, que atriu o taxista, com a ajuda de três mulheres o taxista Manoel para uma região no bairro Santa Maria conhecido como Suvaco da Gata.
Os gestores da SSP distribuíram cartazes com fotos de Jean e telefones do Disque Denúncia (181) e do Ciosp (190). Katarina lembrou que três mulheres foram presas menos de 24 horas depois do crime e que as equipes responsáveis pelo caso continuam à procura dos acusados de cometer o latrocínio.
SSP/SE