Por Joedson Telles – Universo Político
Veja o que disse o deputado Raymundo Vieira (PSL), o Mundinho da Comase, sobre o também deputado estadual Zezinho Guimarães (PMDB) e o governador em exercício, Jackson Barreto (PMDB), ao Universo Político.com: “Zezinho fica com quem estiver no governo. É o que doutor João pegou ele na igreja e disse ‘êta homem que gosta de governo’. Ele muda de partido como quem muda de camisa. Uma pessoa sem credibilidade e sem responsabilidade nenhuma, hoje, é o homem de confiança de Jackson. Aqui nessa Casa (Assembleia Legislativa), quando ele abre a boca, todo mundo fica contra. Está até proibido de falar. E na hora que ele fala e quem era a favor fica contra. É uma desmoralização para o governo. Você não tem em quem confiar: no fundo nem Déda gosta de Zezinho e nem Zezinho gosta de Déda. Nem Jackson gosta de Zezinho e nem Zezinho de Jackson. Zezinho cansou de dizer aqui na garagem da Assembleia que Jackson era uma doida. Eu vi várias vezes quando cheguei a esta Casa”, afirmou Mundinho.
Raymundo Vieira assegurou ainda que sempre esteve fazendo política com Jackson Barreto, o que lhe permite conhecer com profundidade o governador em exercício. “O conheço bem de perto, mas as ações que Jackson fez contra Zezinho, em quem você vai acreditar? Todo Sergipe tem o discurso que Jackson fez em Brasília contra o Zezinho Guimarães no Sebrae, e hoje é o homem de confiança de Zezinho. Em quem você vai acreditar, meu irmão? Como vai acreditar o discurso que Jackson fez em Brasília, em minha casa, em todos os cantos de Sergipe, insinuando tudo que você pensar de Zezinho, e hoje Zezinho é o homem de confiança de Jackson? Como acreditar?”, indagou.
Segundo Mundinho da Comase, cada grupo dentro do governo Marcelo Déda está preocupado em resolver seus problemas particulares, quando os pleitos não são atendidos, parte-se para agressão. O deputado observa ainda que não há harmonia no governo. Mundinho ressalva ter admiração pelo governador Marcelo Déda, mas entende que ele se perdeu desde a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. O deputado salientou que sempre assistiu a um Marcelo Déda rasgando elogios à deputada Angélica Guimarães, mas, na hora da eleição, não queria que os deputados votassem nela.
“Ele (Déda) fez a retaliação que foi feita? Eu, particularmente, voltei a conversar com o governador, disse que ia analisar o voto do conselheiro Tribunal de Contas, mas o governador não aceitou. E depois quer o voto? Quem nunca viu o governo do Estado focar a administração do Estado na escolha de um conselheiro? Ele não aceitou o apoio de outros deputados que não fossem votar em Belivaldo. Só queria apoio de deputado que votasse em Belivaldo. Para ficar na base dele tinha que votar em Belivaldo Chagas. Ele disse a mim. Para mim foi a maior surpresa de um político de esquerda, de um cara que veio dos movimentos sociais. Radicalizou completamente. Eu não estou entendendo nada do governador”, disse.
Raymundo Vieira salientou ainda que o governador Marcelo Déda se perdeu no primeiro processo da presidência, mas depois voltou atrás. Segundo ele, a assessoria de Déda foi quem o desgastou no processo da eleição da Mesa da Alese. “O pessoal do PMDB, o secretário da Casa Civil (Jorge Alberto) junto com Zezinho Guimarães, porque no fundo nenhum dos dois gosta de Déda. Nessa doença de Déda, Zezinho Guimarães já andava nas lanchonetes mudando secretário. Já com o nome de secretário. Já ia mudar o secretário da Fazenda, o de Segurança. Na cabeça de Zezinho Déda não assumiria mais”, assegura.
De acordo com Mundinho, os políticos do interior não podem ficar com ‘nariz de cera’: hoje é de um jeito, amanhã é de outro. “Minha formação não foi feita para isso. Fui aliado do governador, votei duas vezes na eleição de governador, é o meu governador porque foi nele que confiei ser governador, estou torcendo para que ele volte a comandar o estado porque ele tem mais responsabilidade. É um cara mais equilibrado nas suas decisões. O que aconteceu nas eleições, se fosse com Marcelo Déda, essas pressões da Polícia Civil no interior não teria acontecido porque eu sei que não é o estilo de Déda. Estou torcendo para que o governador volte porque é melhor para Sergipe”, disse.
Da redação Universo Político.com