No final da tarde de quinta-feira, 13, o Departamento de Narcóticos da Polícia Civil (Denarc) e a Coordenadoria de Polícia Civil da Capital (Copcal) deflagraram operação com o objetivo de apurar denúncias a respeito de tráfico de drogas e prostituição infantil registrados em uma pousada localizada no bairro Atalaia.
Os policiais se deslocaram até a rua Vicente Mesquita e lá prenderam, em flagrante, o proprietário do estabelecimento comercial Carlos Moreira da Silva, 48 anos. Segundo o delegado Fábio Pereira, as investigações tiveram início em virtude de denúncias da população que davam conta de que no local havia aglomeração de garotas de programas, menores de idade e usuários de drogas.
Dentro da pousada, com ajuda de cães farejadores do Denarc, os policiais encontraram algumas ampolas contendo cocaína escondidas dentro de uma tomada de energia e dentro de rolos de papel higiênico. Também durante a operação, uma jovem de 14 anos foi encontrada quando estava prestes a realizar um programa. Ele foi contratada por R$ 30,00, sendo que R$ 10,00 a menina teria que repassar para o dono da pousada.
Carlos Moreira respondia há três inquéritos por manter local para exploração de menores no Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV). “Começamos a investigar a denúncia de tráfico e após constatado o crime representamos pela busca a apreensão na pousada. Apesar de não ser encontrado com drogas, Carlos mantinha um local para este fim, o que configura um crime de tráfico previsto na Lei 11.343. Ele também mantinha um local para exploração de menores”, disse.
Segundo o delegado, o acusado dirigia diretamente a pousada. “ Ele tinha um sistema de câmera de que vigiava a pousada 24 horas e estas imagens eram levadas para uma central que ficava no quarto dele, logo não tinha como negar que tinha conhecimento que menores de idade frequentavam o local”, explicou.
A polícia ainda realizou diversas abordagens nas imediações do estabelecimento e encontrou pedras de crack com menores. “Estes menores foram trazidos aqui para o Denarc e após serem ouvidos foram encaminhados para um abrigo”.
A investigação foi coordenada pelo Denarc e Copcal e contou com o apoio da Superintendência, Delegacia de Turismo (Detur), Delegacia Especial de Proteção a Criança e ao Adolescente (DEPCA) e DAGV.
SSP/SE