518.901 sergipanos declararam possuir deficiência, seja motora, visual, auditiva ou mental, em algum nível.
25,09% da população de Sergipe possui algum tipo de deficiência. Segundo dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado foi o oitavo do país com o maior percentual de pessoas portadoras de deficiência. 518.901 pessoas declararam possuir deficiência, seja motora, visual, auditiva ou mental, em algum nível. No país, os dados do IBGE de 2010 apontam que 45,6 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência, o que corresponde a 23,91% da população brasileira. Destas, 12,7 milhões (6,7% da população total) possuem pelo menos um tipo de deficiência severa.
Sergipe dará um importante passo em prol das Pessoas com Deficiência. Amanhã, 17, a partir das 8h30m, a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania (SEDHUC) promoverá uma reunião na Secretaria de Planejamento e Gestão(Seplag) para discutir o Termo de Adesão do Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência – o Viver sem Limite, que será assinado pelo Governo do Estado no próximo dia 31 e contará com a presença da ministra dos Direitos Humanos(SDHIPR), Maria do Rosário e o secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD), Antonio José Ferreira.
O Plano envolve políticas das áreas de acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e acessibilidade com investimentos de R$ 7,6 bilhões para todo o país. De acordo com o Secretário de Estado dos Direitos Humanos, Luiz Eduardo Oliva, após a adesão, o Estado de Sergipe passará a ter prioridade para os financiamentos de ações voltadas às pessoas com deficiência.
“O Plano abrange diversos organismos em seus eixos de trabalho que são a educação, saúde, acessibilidade e inclusão. Amanhã acontecerá uma reunião preparatória para a assinatura do Termo de Adesão. A secretaria dos Direitos Humanos tem o papel de transversalidade e por isso está articulando a congregação dos vários órgãos”, explica o secretário.
O secretário fala da importância do comprometimento. “ É importante, sobretudo, que todos os municípios estejam engajados e façam a adesão ao Plano para que possamos todos juntos realizar um grande trabalho em prol das pessoas com deficiência de nosso Estado. É preciso o comprometimentos não somente do Governo, mas de todos os organismos”, ressalta Oliva.
A Sedhuc conta com a importante parceria da Secretaria de Inclusão Social(Seides), da Educação(Seed), Desenvolvimento Urbano(Sedurb), Conselhos municipal e estadual dos direitos da Pessoa com Deficiência, além da Universidade Federal de Sergipe(UFS), Instituto Federal de Sergipe( IFS) e Fundação de Amparo à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe( Fapitec).
REUNIÃO DISCUTE PROJETO DE ACADEMIA E OFICINA PARA ANÕES DE ITABAIANINHA
Um dos Projetos que será viabilizado após a adesão ao Plano Viver Sem Limite é o projeto-piloto que contempla o estado com uma academia de ginástica e uma oficina de móveis adaptados para os anões de Itabaianinha. De acordo com o Secretário da SEDHUC, Luiz Eduardo Oliva, a Secretaria dos Direitos Humanos na Presidência da República irá liberar os recursos necessários para que a concretização deste Projeto.
No próximo dia 24, o coordenador geral de Acessibilidade da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Sérgio Nascimento, virá ao estado para uma reunião com o secretário de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania, Luiz Eduardo Oliva, com representantes da UFS e IFS para viabilizarem o projeto-piloto voltado para anões, resultado de uma ação conjunta com a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos(SEDH).
Sergipe é o Estado brasileiro com maior concentração de anões em todo o país. Apesar de serem vistos por muitos de forma preconceituosa pela baixa estatura, sendo sempre associados a personagens circenses e alvo de piadas, as pessoas que têm nanismo são consideradas deficientes e merecem muita atenção, visto que podem desenvolver sérios problemas de saúde. Itabaianinha,a 120km da capital sergipana, é conhecida como a cidade dos Anões, por causa da grande quantidade existente, 1 para cada 300 habitantes.
Tipos de nanismo
O nanismo é uma doença comumente genética que provoca um crescimento esquelético anormal, que geralmente resulta em um indivíduo de baixa estatura, inferior à da média populacional. Há dois tipos de anões: aqueles que possuem o nanismo pituitário e a acondroplasia.
Acondroplasia é o tipo mais comum de nanismo, pode ser hereditária ou fruto de uma mutação genética, o que significa que pessoas de estatura normal, mesmo sem ascendentes anões com esta síndrome, podem gerar filhos anões com acondroplasia.
As características mais comuns são a baixa estatura, pernas e braços pequenos e desproporcionais ao tamanho da cabeça e ao comprimento do tronco. O encurtamento ocorre principalmente na parte superior dos braços e nas coxas.
Adultos com acondroplasia possuem uma curva acentuada no final da coluna vertebral, que apresenta uma saliência. Quase sempre eles têm pernas curvas e pode apresentar limites na movimentação dos cotovelos, pois eles não se dobram completamente. As mãos são pequenas e os pés são curtos e largos.
Várias crianças acondroplásicas podem flexionar a articulação de seus dedos, pulsos, cintura e joelhos a um ângulo muito grande devido a ligamentos frouxos de certas articulações. Esses sinais são normalmente observados no nascimento e a acondroplasia pode ser diagnosticada nessa época, na grande maioria dos casos. Não há, geralmente alteração intelectual.
A altura dos pais e da criança com acondroplasia parecem não estar ligadas com a altura que ela irá alcançar quando adulta. Psicólogos, pediatras, endocrinologistas, geneticistas, ortopedistas e neurologistas podem oferecer apoio. Diversas pesquisas estão sendo feitas sobre a síndrome e outros problemas de crescimento.
O nanismo pituitário não é considerado o “nanismo verdadeiro”, pois não é de causa genética. Sua causa é uma disfunção na glândula pituitária que causa insuficiência na produção de hormônio do crescimento.
Essa insuficiência pode ter causa na inexistência, trauma ou tumor na glândula pituitária. Este tipo de nanismo também pode estar associado à deficiência de outros hormônios.
Maíra Ribeiro – Assessoria de Imprensa