Os desdobramentos das investigações da Polícia Civil para desarticular uma quadrilha especializada em tráfico de drogas na cidade de Lagarto, em uma operação que aconteceu no último dia 7 de agosto, possibilitaram que a Corregedoria da Instituição cumprisse na manhã de ontem, dia 22, um mandado de prisão temporária contra o agente da Polícia Civil João de Deus Santos, suspeito de praticar o crime de associação para o tráfico de drogas.
A delegada Katarina Feitoza, superintendente da Polícia Civil, dará detalhes sobre o trabalho desenvolvido pela Corregedoria na manhã desta quinta-feira, dia 23, na sede da Superintendência, localizada na rua Duque de Caxias, anexo à Secretaria da Segurança Pública (SSP).
De acordo com a corregedora da Polícia Civil, delegada Teonice Alexandre, as investigações contra o policial tiveram início a partir de denúncias anônimas que informavam sobre o envolvimento dele com a quadrilha de traficantes de drogas que agia na região Centro-Sul de Sergipe. Na operação, a polícia apreendeu armas de fogo, drogas e carros de luxo com a quadrilha, que, segundo a polícia, tinha um alto poder financeiro para encomendar a droga e distribuí-la em todo o Estado.
Na operação, os policiais encontraram uma pistola, com a respectiva documentação, de propriedade do agente na casa de um dos traficantes, que já está preso. Também foram encontradas munições de calibre ponto 40. Diante das evidências, a Corregedoria solicitou um mandado de prisão temporária.
“Ainda não sabemos se o policial dava proteção aos traficantes ou era membro efetivo da quadrilha, mas já está configurado por provas robustas a participação dele na quadrilha. Por enquanto, ele vai responder por associação para ao tráfico, mas se ficar comprovado que as munições encontradas na casa do traficante eram da SSP o agente também responderá por peculato”, explicou Teonice.
A delegada informou, ainda, que o policial responderá a processos nas esferas administrativa (Corregedoria) e penal (Justiça) e que caso seja condenado pode perder o cargo público e ser preso. Atualmente, João de Deus desenvolvia suas atividades na Delegacia Regional de Itabaiana. Ele foi preso na sede do município serrano e recolhido ao Presídio Militar (Presmil), em Aracaju, onde está detido à disposição da Justiça. Com as investigações, a Superintendência da Polícia Civil espera que o policial seja expulso da Instituição, diante das provas relevantes de sua participação com a quadrilha criminosa.