A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) lamentou a difícil situação das gestantes que precisam dar à luz na maternidade Nossa Senhora de Aracaju, construída no Governo de João Alves para atendimentos de alto risco.
“Infelizmente, todos os dias encontro mulheres nas ruas que relatam as dificuldades que vêm enfrentando. São mães de famílias que encontram a unidade superlotada, sem atendimento adequado em virtude da inexistência de profissionais ou por falta de simples equipamentos como macas e aspirador para sugar o líquido amniótico”, contou a democrata.
Ela citou que recentemente a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe, Flávia Brasileiro denunciou que a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal estava com cerca de 77 bebês, quando a capacidade é de 59. A denúncia foi levada ao conhecimento do Ministério Público.
Maria afirmou que há relatos, inclusive, de parturientes que ficam no centro cirúrgico por falta de espaços nas enfermarias. “Imagine uma mãe, num momento tão delicado quanto a do parto, estarem expostas de qualquer jeito, sem as mínimas condições de terem os seus bebês”, observou a senadora, ao destacar que essa deve ser uma prioridade para qualquer gestor para evitar um surto, e consequentemente, a morte de mãe e de filhos.
Ela lembrou que, em recente entrevista à imprensa sergipana, uma médica, ligada à Sociedade Sergipana de Pediatria e do Conselho Regional de Medicina, que em 17 dias foram registrados 14 óbitos. Por ser uma maternidade de alta complexidade, o número de mortes deveria ficar entre quatro e seis por mês.
Ascom/Brasília